|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Exposição resgata a aristocracia de outrora
do enviado especial
Quem passar pelo Museu Norman Rockwell até 25 de maio vai
poder ver, além das obras do artista, uma exposição com ilustrações
de J.C. Leyendecker.
Nascido na Alemanha em 1874,
Leyendecker mudou-se com a família para Chicago aos 8 anos. Até
sua morte, em 1951, ele retratou
um espírito aristocrático que hoje
poucos associam aos EUA.
Leyendecker compartilhou com
Rockwell a primeira página da revista "Saturday Evening Post"
durante décadas. Mais do que isso,
ele foi um deus durante os primeiros anos de carreira de Rockwell e
seu principal inspirador.
Na exposição que está em Stockbridge, duas séries se destacam.
Em uma delas, composta de capas publicadas sempre na última
edição da revista em cada ano, um
bebê representando o novo ano
chega para substituir o antigo, envelhecido. Lá, transparecem os
principais desejos dos americanos
daquela época.
Em outras obras e ilustrações
para publicidade, aparece sempre
um casal cheio de glamour. A figura mais frequente desses desenhos
é Charles Beach.
Alto, bonito, simpático e socialmente seguro -o oposto de Leyendecker-, Beach foi o companheiro do artista, além de seu modelo e agente, de 1903 até a morte
de J.C., em 1951.
A relação homossexual entre os
dois foi um escândalo na época e,
segundo os analistas de sua obra,
modificou-a definitivamente. Em
todo caso, trata-se de uma história
extrema de dedicação do artista a
seu modelo.
(RL)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|