São Paulo, segunda, 9 de março de 1998

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Exposição resgata a aristocracia de outrora

do enviado especial

Quem passar pelo Museu Norman Rockwell até 25 de maio vai poder ver, além das obras do artista, uma exposição com ilustrações de J.C. Leyendecker.
Nascido na Alemanha em 1874, Leyendecker mudou-se com a família para Chicago aos 8 anos. Até sua morte, em 1951, ele retratou um espírito aristocrático que hoje poucos associam aos EUA.
Leyendecker compartilhou com Rockwell a primeira página da revista "Saturday Evening Post" durante décadas. Mais do que isso, ele foi um deus durante os primeiros anos de carreira de Rockwell e seu principal inspirador.
Na exposição que está em Stockbridge, duas séries se destacam.
Em uma delas, composta de capas publicadas sempre na última edição da revista em cada ano, um bebê representando o novo ano chega para substituir o antigo, envelhecido. Lá, transparecem os principais desejos dos americanos daquela época.
Em outras obras e ilustrações para publicidade, aparece sempre um casal cheio de glamour. A figura mais frequente desses desenhos é Charles Beach.
Alto, bonito, simpático e socialmente seguro -o oposto de Leyendecker-, Beach foi o companheiro do artista, além de seu modelo e agente, de 1903 até a morte de J.C., em 1951.
A relação homossexual entre os dois foi um escândalo na época e, segundo os analistas de sua obra, modificou-a definitivamente. Em todo caso, trata-se de uma história extrema de dedicação do artista a seu modelo. (RL)



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