do enviado especial a Massachusetts

Para os britânicos, o nome Cambridge remete a uma de suas mais tradicionais universidades. Os americanos podem dizer que ganham dos ex-colonizadores: Cambridge, para eles, representa dois grandes centros de estudo.
No caso norte-americano, Cambridge é um subúrbio de Boston, fundado em 1630 e separado da principal cidade da Nova Inglaterra pelo rio Charles.
Lá, a uma distância de poucos quarteirões, ficam a Universidade de Harvard e o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Se você trata o conhecimento como uma religião, são dois santuários. Estão abertos para os visitantes e nutrem entre si uma discreta rivalidade.
Harvard
Harvard tem enorme reputação como centro de pesquisas em ciências humanas e fica no centro da cidade. É a mais "clássica" das duas -o campus é formado basicamente de austeros prédios de tijolo vermelho.
Como é uma universidade, não um museu, vários prédios não são abertos a turistas (que, mesmo assim, vão aos bandos diariamente conhecer o campus).
A biblioteca central, por exemplo, está compreensivelmente fechada a quem não é aluno, pesquisador ou funcionário.
É uma pena. Em uma sala especial, construída em memória de uma vítima do Titanic, ela guarda nada menos do que um dos únicos 23 exemplares completos de uma Bíblia impressa por Gutemberg e um outro da primeira edição -sim, primeira! - das obras completas de Shakespeare.
MIT
Os gurus da sociedade digital, como Nicholas Negroponte, trabalham no MIT. Não espere ver, entretanto, nenhum milagre tecnológico operar-se na sua frente.
O MIT, talvez o principal centro de pesquisa em ciências exatas do mundo, é na verdade um campus "comum", com prédios modernos, mas sem grande charme.
A honrosa exceção é o prédio principal, em sua fachada que dá para o rio. Ele é imponente, carrega o nome de celebridades da ciência mundial nas suas laterais e, no gramado central, tem uma bela escultura de Henry Moore. A vista que se tem de Boston a partir de lá é uma das melhores.
(RODRIGO LEITE)



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