da enviada especial a Lyon

Cultura é o que não falta em Lyon. Basta dizer que o Museu de Belas Artes da cidade é considerado o segundo mais completo da França. Só perde para o Louvre.
Abriga obras de pintores como Tiziano, Rubens e Veronesi. Instalado na antiga abadia de Saint-Pierre, o museu ocupa uma área de 10 mil metros quadrados.
Mas não é só isso. Lyon é a sede das prestigiosas Bienais Nacionais de Dança e de Arte Contemporânea, em que o grupo Corpo, de Belo Horizonte, já se apresentou.
A próxima acontece em setembro deste ano, e o tema será "O Mediterrâneo".
Se, por acaso, você estiver por lá no verão, não deixe de ir ao teatro Galo-Romano, na colina de Fourvière. É lá que acontece o festival "Les Nuits de Fourvière".
O espectador, além de poder assistir a espetáculos líricos, teatrais ou de ópera acomodado no antigo teatro a céu aberto, terá como pano de fundo uma magnífica vista de Lyon.
No outono, é o Festival de Música de Lyon que esquenta a cidade. O festival tem por qualidade aliar música antiga com a valorização do patrimônio arquitetônico, pois escolhe sempre locais insólitos e belíssimos para os concertos.
Ousadia
A ópera de Lyon, que tem um circuito nacional importante, foi totalmente reformada pelo famoso arquiteto Jean Nouvel, em 93, e recebeu o prêmio de mais belo monumento da França.
O teatro anterior era velho de dois séculos e não respondia mais às normas de segurança exigidas hoje. Nouvel manteve apenas as fachadas do antigo edifício e a galeria principal.
O resultado é uma festa para os olhos, mas nem todos os moradores da cidade concordam com isso. Alguns acham que o novo projeto é ousado demais.
Futurista, o edifício tem um sensor que mede o número de pessoas que entram no local e emite uma radiação avermelhada que pode ser vista do lado de fora.
Se há pouca gente lá dentro, a luz fica mais para o cor-de-rosa. Quando a sala está lotada, a ópera fica toda iluminada com um vermelho fortíssimo.
(MARIANE COMPARATO)



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