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POR DENTRO DE CURITIBA
Turistas vão de táxi, ônibus ou bicicleta
da Agência Folha, em Curitiba
Para conhecer Curitiba, a melhor pedida para o turista que tiver
tempo é embarcar em uma das jardineiras da linha Turismo.
Elas circulam de terça a domingo, partindo a cada meia hora de
22 pontos da cidade.
Em duas horas, as jardineiras
percorrem cerca de 40 quilômetros, passando pelos principais
parques, monumentos, teatros e
outros endereços turísticos da capital paranaense.
A cartela com quatro tíquetes
custa R$ 6 e dá direito a um embarque e três reembarques.
Assim, o passageiro pode escolher 3 dos 22 pontos que quiser conhecer melhor, descer da jardineira e embarcar em qualquer uma
das seguintes, que passarão em intervalos de meia hora.
Na região central de Curitiba, há
paradas e venda de bilhetes para as
jardineiras na rua 24 Horas, na rua
das Flores, no Passeio Público e na
praça Tiradentes.
Os táxis na cidade são relativamente baratos, em comparação,
por exemplo, com São Paulo.
A bandeirada custa R$ 2, e a tarifa do quilômetro rodado durante
o dia sai por R$ 1.
As principais cooperativas de taxistas não cobram a chamada por
telefone. Se for dividido por pelo
menos três pessoas, um passeio de
táxi pode ser uma forma bem econômica de conhecer a cidade.
Outra opção de transporte é embarcar num dos ônibus expressos
que, há 23 anos, circulam em canaletas exclusivas.
Esses ônibus não têm paradas,
mas estações-tubo. Nelas, os passageiros pagam a passagem -R$
0,75- e aguardam a chegada do
transporte.
O sistema é único no Brasil. Parando em estações-tubo e nos terminais de integração, é possível
tomar vários ônibus com o dinheiro de apenas uma passagem.
De alguns meses para cá, as estações têm sido alvo da ação de ladrões. As vítimas, porém, não têm
sido os passageiros que aguardavam o ônibus, mas as gavetas dos
cobradores.
Para quem tiver disposição, conhecer a cidade de bicicleta é uma
boa idéia. Curitiba tem uma rede
de ciclovias bem desenvolvida, ligando alguns dos pontos turísticos já citados.
O que comer e beber
A cozinha paranaense não é tão
diversificada como a baiana e a
mineira, mas tem seus encantos. O
prato mais conhecido é o barreado, típico do litoral.
É uma carne desfiada, curtida
em ervas e cozida em uma panela
de barro, que, pela receita original, deve ser deixada por um dia
em brasa debaixo da terra.
Os operadores de turismo apresentam o bairro de Santa Felicidade como o espírito gastronômico
de Curitiba.
Trata-se de uma verdade em termos. O bairro tem de fato dezenas
de restaurantes de culinária típica
italiana -massa, frango, polenta
e salada. Mas não é só isso.
Aos domingos, o cheiro de carne
sendo assada pode ser sentido nas
ruas da cidade.
A cultura do churrasco é tão forte entre os curitibanos que é quase
regra os projetos de apartamentos
contemplarem uma churrasqueira
no terraço.
O clima local, com uma temperatura amena, favoreceu o aparecimento de casas de cozinhas alemã, suíça e francesa.
A cidade também possui restaurantes de comida polonesa, cujo
prato mais popular é o pierogi,
que se assemelha a um ravióli tamanho família, com recheio de ricota e batata.
Em Curitiba, tomar sopa não é
"programa de idosos".
No frio, é comum o curitibano
fazer fila na porta de uma das casas
de sopas, ambientes acolhedores
onde geralmente são oferecidas
quatro opções por dia, servidas
em porções individuais.
A maior dificuldade para o turista que vem de outras metrópoles é
encontrar um restaurante aberto
na cidade depois das 15h -mesmo nos fins-de-semana. A maioria
deles fecha nesse horário e reabre
somente à noite, para o jantar.
Como alternativa depois das
15h, restam ao visitante as lanchonetes do tipo fast food, as praças
de alimentação dos shopping centers e os estabelecimentos da rua
24 Horas.
(FERNANDO MENDONÇA)
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