da enviada especial ao Porto

Conhecer o vale do Douro é como viajar no tempo. As pequenas e as antigas vilas, as aldeias e os povoados fazem um contraste com a infra-estrutura das quintas e dos novos hotéis. A paisagem é marcada pelas montanhas e vinhas que estão em toda parte. A maioria das vilas fica no alto das encostas, numa altitude de até 700 metros.
As exceções são Pinhão e Régua, que têm origem ligada à pesca e ao transporte de mercadorias por barco e trem. A região tem hoje cerca de 230 mil habitantes.
Pinhão é uma vila à beira do rio, que já foi considerada a capital econômica da região. Régua é a mais nova cidade do Douro, mas como povoado já era conhecida dos romanos.
A principal atração é a Casa do Douro, onde é possível degustar o vinho do Porto e apreciar os vitrais históricos. Não dá para não experimentar também as balas de mel vendidas na estação de trem pelas "rebuceiras" (vendedoras de balas).
Lamego é sede eclesiástica desde pelo menos 570 e durante muito tempo deu nome ao vinho do Douro e do Porto.
Cidade velha e monumental, possui um legado histórico que inclui um castelo do século 18, a Sé Catedral, cuja torre foi construída no século 12, a igreja de Santa Maria Maior de Almacave, do século 12, e a igreja e o convento Santa Cruz, do século 16.
A Vila Real é a maior e a principal cidade da região, com cerca de 20 mil habitantes. Foi capital da província de Trás-os-Montes e Alto Douro enquanto esta existiu. Cresceu na última década graças a sua universidade. As principais atrações são a Vila Velha, o bairro dos Ferreiros, o Palácio de Mateus, a Capela Nova, a catedral da Sé e o Santuário Rupestre de Panóias.
Fora do vale, há outras cidades próximas, como Guimarães e Amarante, que valem a pena visitar. Em Guimarães, o berço da história do país, está o castelo do primeiro rei de Portugal. O palácio dos Duques de Bragança e o museu medieval Alberto Sampaio são outras atrações, além da caminhada pelas ruas de pedra.
Em Amarante vale passar na igreja de São Gonçalo, o santo casamenteiro das mulheres mais velhas, e saborear os famosos doces conventuais. (ANA VINHAS)



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