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PORTO DO VINHO
Cidade serviu como fonte de inspiração para escritores e poetas portugueses e conta com boas livrarias
Literatura também põe a mesa no Porto
da enviada especial ao Porto
O Porto tem tradição literária.
Além do vinho, a cidade também é
fonte de inspiração para escritores
e poetas portugueses.
Camilo Castelo Branco escreveu
o romance "Amor de Perdição" na
cadeia da Relação do Porto, um
edifício do século 18, que é ponto
turístico atualmente.
O romance faz parte da lista de livros para o vestibular da Fuvest.
O escritor foi preso em 1860, por
ter raptado Ana Augusta Plácido,
mulher por quem cultivava uma
paixão desde 1850. Ana era casada
com um comerciante da cidade.
Antes de raptá-la, o escritor havia tentado o suicídio e entrado para um seminário, à maneira romântica, para esquecer a paixão.
Foi solto em 1861 e viveu com Ana
até sua morte, em 1890.
Inconfidente
O autor de "Marília de Dirceu", o
poeta Tomás Antônio Gonzaga,
nasceu no Porto, em 11 de agosto
de 1744.
Mas Gonzaga veio para o Brasil
ainda jovem. Foi ouvidor-geral de
Vila Rica, sede da capitania de Minas Gerais na América portuguesa,
e participou do movimento dos inconfidentes.
O poeta é homenageado com o
seu nome em uma rua no centro
do Porto, onde fica a igreja de Miragaia, uma reconstrução dos séculos 17 e 18.
O poeta Almeida Garrett, autor
de "Viagem na Minha Terra", dá o
nome a uma praça e tem uma estátua em outra, a General Humberto
Delgado.
A estátua foi inaugurada em 1954
para celebrar o primeiro centenário da morte do poeta.
O Prêmio Nobel de Literatura
deste ano, José Saramago, também
se inspirou numa viagem ao Porto
para registrar suas impressões no
livro "Viagem a Portugal" (Companhia das Letras).
Livros
Boas livrarias não faltam na cidade. A mais tradicional é a Lello, que
fica na rua das Carmelitas, próxima à torre dos Clérigos, um ponto
de encontro de intelectuais desde
1904, quando foi fundada.
O prédio que abriga a loja foi restaurado há cerca de três anos e já é
um marco para a cidade.
O vitral no teto e a escada de ferro
e cimento armado, que imita madeira, são uma atração à parte.
No segundo andar da Lello há
um café, onde é possível ficar horas sentado numa confortável poltrona, lendo um romance ou apenas observando o movimento.
(ANA VINHAS)
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