São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

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SEM COLARINHO
Terceira atração mais visitada de Dublin, museu da cervejaria ajuda o país a receber 3 milhões de turistas
Guinness é medalha de bronze no turismo

Folha Imagem
Vista do pôr-do-sol no rio Liffey, que corta a capital da República da Irlanda


em Dublin

A Guinness Hop Store, o museu da cervejaria Guinness, acaba de alcançar o terceiro lugar entre as atrações turísticas mais visitadas de Dublin.
De acordo com dados divulgados pelo governo da Irlanda, a Hop Store, com meio milhão de visitantes em 1997, só fica atrás agora do Trinity College, onde o destaque é o Book of Kells (livro de pergaminho escrito e ilustrado a mão por monges irlandeses no século 8º ou 9º, que contém uma versão em latim do Novo Testamento) e do zoológico no ranking do turismo de Dublin.
O turismo, ao lado das exportações de carne e de Guinness, é uma das principais fontes de renda do país. Em 1997, a República da Irlanda recebeu 3 milhões de visitantes estrangeiros.
Em 1995, a Hop Store estava em oitavo lugar na preferência dos turistas. Este ano, com a exposição da obra de John Gilroy, em sua ampliada galeria de arte, a Guinness espera que seu museu chegue ao segundo lugar entre as atrações turísticas mais populares da capital irlandesa.
A Hop Store é uma exposição sobre os 239 anos da história da Guinness, um tipo de cerveja classificada pelas enciclopédias especializadas em bebidas de "stout" (cerveja preta forte).
Ocupa três andares de um depósito construído no século passado e que era usado, até os anos 50, para armazenar o lúpulo usado na fabricação da cerveja, daí o nome Hop Store (depósito de lúpulo).
Fica no imenso complexo de 26 hectares da sede da Guinness, em St. James's Gate, onde, desde os tempos do fundador Arthur Guinness, em 1759, a famosa cerveja preta é produzida.
Oferta da casa
Na exposição, o visitante acompanha a evolução da fabricação da Guinness, com explicações detalhadas sobre todo o processo de uma fase artesanal até o uso da última palavra em tecnologia nos dias de hoje.
Há também uma área destinada a lembrar como eram feitos os tonéis de madeira para armazenar a cerveja. Bonecos de cera em tamanho natural, que, à primeira vista parecem ser de verdade, mostram, passo a passo, a montagem artesanal dos barris.
O crescimento da produção e do consumo da bebida tornaram inviável esse processo de fabricação manual, um a um, dos barris.
Há mais de 40 anos, os barris de madeira foram substituídos por recipientes de metal, produzidos em escala industrial.
Uma galeria destaca os sistemas e meios de transporte usados para levar a Guinness aos locais de consumo, não só aos mercados "domésticos" como a própria Irlanda e a Inglaterra, como também aos EUA e à Austrália, países onde a marca sempre foi imensamente popular devido ao grande contingente de imigrantes irlandeses.
Mas, depois de muito andar, subir e descer escadas, o turista chega a um amplo bar, que recria o clima e a decoração dos "pubs" irlandeses, onde pode saborear, oferta da casa, dois copos de Guinness. (ANTONIO CARLOS SEIDL)



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