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DIVINO
Fundada em 1769, São Luís do Paraitinga oferece conjunto arquitetônico dos séculos 18 e 19 e passeios radicais
Tome um banho de história e de cachoeira
da Reportagem Local
Quem chega a São Luís do Paraitinga é premiado com um cenário
bucólico. Fundada em 1769, a cidade é circundada pelas montanhas do alto Vale do Paraíba.
Um rio, o Paraitinga, piscoso
antigamente, mas ainda bastante
limpo, dá literalmente um abraço
na cidade, pois serpenteia toda a
sua área urbana.
Para quem gosta de praia, o mar
de Ubatuba está a apenas 45 km de
distância.
A Festa do Divino é a principal
atração da cidade, cujo patrimônio histórico foi tombado pelo
Condephaat .
Mas vale a pena conhecer suas
cachoeiras, como a do Faxinal, no
vizinho município de Lagoinha. A
cachoeira tem queda livre de mais
de 30 metros de altura. Também
vale a pena conhecer as fazendas
centenárias, como a Boa Vista, de
1853, que conserva ainda os terreiros onde o café era secado e a roda
d'água importada da Inglaterra
para o aqueduto.
Casario colonial
Bastante visitado pelos amantes
das caminhadas em trilhas e picadas é o Núcleo Santa Virgínia, no
alto da serra do Mar, quase na divisa com Ubatuba.
Ele fica a 1.160 metros de altura,
é rico em recursos hídricos e tem
uma flora exuberante, típica da
mata atlântica.
No Núcleo Santa Virgínia, que é
gerido pela Secretaria do Meio
Ambiente, pode-se praticar ainda
o ratfing, que é a descida dos rios
por meio de barcos infláveis.
Aqueles com mais coragem podem viajar a bordo de um caiaque
por até três dias no rio Paraibuna.
Se você é daqueles que não apreciam a zona rural, há muito o que
ver na cidade.
Estudiosos afirmam que São
Luís do Paraitinga possui o
"maior conjunto arquitetônico
do Estado", com 90 sobradões
datados dos séculos 18 e 19 e cuja
arquitetura retrata a fase áurea do
café na economia de São Paulo.
Botequim
Visite a portentosa igreja Matriz,
localizada na praça central da cidade, construída no século 19 e
que possui vários altares feitos em
mármore carrara.
Ou então a pequenina, mas
cheia de história, capela das Mercês, do século 18, cujas paredes foram erguidas em taipa de pilão.
Um das ruas da cidade, a da Floresta, possui calçamento em pedra
feita por escravos, que também foram responsáveis pela retirada de
pedras do rio Paraitinga para calçar a ladeira das Mercês, ao lado
da capela que leva o mesmo nome.
Apesar de bastante descuidado
ultimamente, o Mercado Municipal é o ponto habitual de bate-papo dos luizenses.
Ali, sob arcadas levantadas no
início deste século, funcionam febrilmente pequenos bares e botequins. Neles, comidas típicas, como o "afogado", podem ser saboreadas.
(SEBASTIÃO NASCIMENTO)
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