São Paulo, segunda, 11 de agosto de 1997.



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100 ANOS NA JUGULAR
Personagem de Bram Stoker virou livro, peça, filme, quadrinhos e agora motiva roteiros turísticos
Drácula chega ao centenário exposto à luz

FEDERICO MENGOZZI
especial para a Folha

"Muito sangue, algum suor e nada de lágrimas", reza a política do prazer de Drácula, cavalheiro da triste figura que deixou a Transilvânia para assustar o mundo.
Há cem anos, o irlandês Bram Stoker (1847-1912) publicou "Drácula", uma história que caiu nas graças do público, assinalou a transição do romance gótico para o romance de horror e foi incorporada ao imaginário coletivo.
A partir do livro, o conde Drácula foi assombrar no teatro, no cinema e na televisão, virou personagem de quadrinhos, atração em parques de diversões, fantasia de Carnaval e tudo o que a indústria cultural permite. Até turismo.
Há roteiros que levam ao império das trevas na Transilvânia, Romênia, terra natal de Drácula, e na Inglaterra, para onde se transferiu. Ele aportou em Whitby, ao norte de Londres, depois de matar a tripulação do navio Demetriu.
E há roteiros pelos lugares onde viveu o príncipe Vlad, o Empalador (1431-1476), personagem real no qual Stoker se inspirou para criar Drácula. Ele exerceu um reinado de terror na Transilvânia e Valáquia, na Romênia, onde estão a casa natal, o palácio e o castelo.
Bram Stoker nasceu há 150 anos e tem roteiro próprio. O ponto inicial é o subúrbio de Clontarf, em Dublin, na Irlanda, onde nasceu.
Em Londres, o roteiro Stoker inclui o Lyceum Theatre, hoje um salão de danças, onde trabalhou para o ator Henry Irving, e as casas que habitou, todas em Chelsea.
Turismo e vampirismo -julgares, tremei!- têm muito mais em comum do que sugere a vã rima.



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