PRISCILA PASTRE-ROSSI
DE SÃO PAULO

Visitar o Coliseu, em Roma. Pôr os pés em Nova York. Passar uma tarde londrina na Tate Gallery. Mergulhar em Fernando de Noronha. Comer num três estrelas "Michelin" parisiense. Um "top 5" desse nível fará de você um turista de alta estirpe.
Por isso, estando em Paris dê-se ao luxo de fazer a mais memorável refeição da sua vida. Neste ano, receberam a pontuação máxima do guia Michelin os restaurantes Alain Ducasse au Plaza Athénée, Guy Savoy, L'Ambroisie, L'Arpège, L'Astrance, Le Bristol, Le Meurice, Le Pré Catelan, Pavillon Ledoyen e Pierre Gagnaire.
A reportagem esteve no L"Arpège (www.alain-passard.com), na rue de Varenne -a mesma rua do museu Rodin. O desafio: descobrir como um restaurante vegetariano pode figurar na lista dos melhores. Como um francês sem confit de pato ou foie gras pode ter conquistado as três estrelas da bíblia da gastronomia mundial?
A resposta custou 135 (R$ 305), preço do menu "L'Hiver des Jardins", servido naquele mês (o menu muda sazonalmente). Foram três horas de almoço. Oito pratos. Três "intermezzi". E algumas taças de vinho (cobradas a parte).
A primeira sobremesa foi um prato de queijo... reserva! "Comté de Garde Exceptionnelle septembre 2004". Queijo com ano. "Très élégant!"
No almoço de um dia de semana como aquele, o lugar fica cheio de engravatados. Se estiver sozinho, não se preocupe: a "brigada" está preparada para fazer com que os comensais solitários se sintam em casa.
E não vai demorar para descobrir que a cozinha amante de vegetais do chef Alain Passard é tão boa que, acredite, ninguém se dá conta de que passou uma refeição inteira sem comer carne.
Se estiver de viagem marcada para Paris, aproveite: depois de dois meses fechado para reforma, o L'Arpège reabrirá na próxima quinta, com cardápio reformulado.


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