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Protestos não afastam interesse dos turistas
De ônibus, experimente percurso panorâmico pela capital francesa
Paris, que atrai com sua beleza e seu histórico de embates, recebeu no ano passado cerca de 27 milhões de visitantes
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Cidade mais populosa da
França, com 2,2 milhões de
habitantes, e campeã mundial no quesito turismo, Paris
hospedou 27 milhões de turistas estrangeiros em 2009
-e termina 2010 querendo
esquecer que, sob Nicolas
Sarkozy, manifestantes foram às ruas contra mudanças nas aposentadorias.
E, ao longo de sua história,
a capital francesa foi cenário
de tantos outros embates e
protestos, como os que ocorreram em maio de 1968.
Então, o conservador
Charles de Gaulle dissolveu a
Assembleia Nacional e, criticado pelo socialista François
Mitterrand, viu Paris virar cenário de manifestações em
que milhares de trabalhadores e estudantes pararam a
metrópole, suas universidades, aeroportos, estações de
trem e de correio.
Também é emblemática a
imagem do mesmo de Gaulle, ao fim da Segunda Guerra
(1939-1945), marchando à
frente dos parisienses pela
avenida Champs Elysées rumo ao Arco do Triunfo, monumento napoleônico inaugurado em 1836 -e que alude à vitórias militares.
MONUMENTAL
Muito do aspecto atual de
Paris se deve ao urbanista
Georges Haussmann (1809-1891), o barão que, sob Napoleão 3º, projetou prédios, rasgou avenidas e bulevares.
Desde então, a partir do
pátio do Louvre, um eixo monumental conduz o caminhante através do Jardim das
Tulherias, da praça da Concorde (com seus chafarizes e
obelisco egípcio), sobe pela
avenida Champs Elysées e
finda na praça Charles de
Gaulle, onde fica o Arco do
Triunfo, de 50 m de altura.
Central, a avenida Champs
Elysées tem 1,9 km de extensão entre a praça da Concorde, contígua ao museu do
Louvre (www.louvre.fr), e o Arco do Triunfo.
Seu traçado remete aos projetos do arquiteto Le Nôtre,
que remontam a 1667.
A virada do ano, pequenas
e grandes datas, acontecimentos políticos ou esportivos são ali comemorados por
parisienses e forasteiros.
Ao longo do percurso, lojas de grife e de material esportivo, livrarias, cafés turísticos, restaurantes e hotéis
de luxo se sucedem.
Na esquina da avenida
George 5, fica o tradicional
café anexo ao cinco estrelas
Fouquet's-Barrière(www.fouquets-barriere.com), onde Sarkozy passou a noite depois de eleito
presidente da França.
Nos arredores, há showrooms de automóveis, caso
do L'Atelier (www.atelier.renault.com), misto de
loja e restaurante que expõe
o F-1 da Renault. Do outro lado da avenida, próximo à casa de shows Lido, há ainda
locais que mostram veículos
concebidos pela Peugeot e
pela Mercedes-Benz.
SOBRE RODAS
Falando de carros, Paris
tem entre seus tours um que
usa o clássico Citroën 2 CV
(www.4-roues-sous-1parapluie.com) com capota removível em dias ensolarados. Buscando o turista no
hotel, o passeio de uma hora
com motorista e onde cabem
até três pessoas custa 70,
mostra o Champs Elysées e a
Torre Eiffel, erguida em 1899
para a Exposição Universal.
Para passar ao largo dos
inúmeros monumentos e,
eventualmente, visitá-los, há
passeios de ônibus de dois
andares que percorrem os
dois lados do rio Sena, cujas
margens são tombadas pela
Unesco desde 1991.
Duas empresas operam esses tours: a L'Open Tour
(rendez-vous-boutique.com/opentour/english/index.html) e a Les Cars Rouge (www.carsrouges.com). O ideal é comprar
o bilhete cedo. Gastando entre 22 e 27 por dois dias, dá
para fazer o percurso panorâmico narrado em diversas
línguas que esmiuça a história da cidade cuja efervescência cultural se traduz não só
nos monumentos, mas em
arte, moda e gastronomia.
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