São Paulo, quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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Protestos não afastam interesse dos turistas

De ônibus, experimente percurso panorâmico pela capital francesa

Paris, que atrai com sua beleza e seu histórico de embates, recebeu no ano passado cerca de 27 milhões de visitantes

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Cidade mais populosa da França, com 2,2 milhões de habitantes, e campeã mundial no quesito turismo, Paris hospedou 27 milhões de turistas estrangeiros em 2009 -e termina 2010 querendo esquecer que, sob Nicolas Sarkozy, manifestantes foram às ruas contra mudanças nas aposentadorias.
E, ao longo de sua história, a capital francesa foi cenário de tantos outros embates e protestos, como os que ocorreram em maio de 1968.
Então, o conservador Charles de Gaulle dissolveu a Assembleia Nacional e, criticado pelo socialista François Mitterrand, viu Paris virar cenário de manifestações em que milhares de trabalhadores e estudantes pararam a metrópole, suas universidades, aeroportos, estações de trem e de correio.
Também é emblemática a imagem do mesmo de Gaulle, ao fim da Segunda Guerra (1939-1945), marchando à frente dos parisienses pela avenida Champs Elysées rumo ao Arco do Triunfo, monumento napoleônico inaugurado em 1836 -e que alude à vitórias militares.

MONUMENTAL
Muito do aspecto atual de Paris se deve ao urbanista Georges Haussmann (1809-1891), o barão que, sob Napoleão 3º, projetou prédios, rasgou avenidas e bulevares.
Desde então, a partir do pátio do Louvre, um eixo monumental conduz o caminhante através do Jardim das Tulherias, da praça da Concorde (com seus chafarizes e obelisco egípcio), sobe pela avenida Champs Elysées e finda na praça Charles de Gaulle, onde fica o Arco do Triunfo, de 50 m de altura.
Central, a avenida Champs Elysées tem 1,9 km de extensão entre a praça da Concorde, contígua ao museu do Louvre (www.louvre.fr), e o Arco do Triunfo. Seu traçado remete aos projetos do arquiteto Le Nôtre, que remontam a 1667.
A virada do ano, pequenas e grandes datas, acontecimentos políticos ou esportivos são ali comemorados por parisienses e forasteiros.
Ao longo do percurso, lojas de grife e de material esportivo, livrarias, cafés turísticos, restaurantes e hotéis de luxo se sucedem.
Na esquina da avenida George 5, fica o tradicional café anexo ao cinco estrelas Fouquet's-Barrière(www.fouquets-barriere.com), onde Sarkozy passou a noite depois de eleito presidente da França.
Nos arredores, há showrooms de automóveis, caso do L'Atelier (www.atelier.renault.com), misto de loja e restaurante que expõe o F-1 da Renault. Do outro lado da avenida, próximo à casa de shows Lido, há ainda locais que mostram veículos concebidos pela Peugeot e pela Mercedes-Benz.

SOBRE RODAS
Falando de carros, Paris tem entre seus tours um que usa o clássico Citroën 2 CV (www.4-roues-sous-1parapluie.com) com capota removível em dias ensolarados. Buscando o turista no hotel, o passeio de uma hora com motorista e onde cabem até três pessoas custa 70, mostra o Champs Elysées e a Torre Eiffel, erguida em 1899 para a Exposição Universal.
Para passar ao largo dos inúmeros monumentos e, eventualmente, visitá-los, há passeios de ônibus de dois andares que percorrem os dois lados do rio Sena, cujas margens são tombadas pela Unesco desde 1991.
Duas empresas operam esses tours: a L'Open Tour (rendez-vous-boutique.com/opentour/english/index.html) e a Les Cars Rouge (www.carsrouges.com). O ideal é comprar o bilhete cedo. Gastando entre 22 e 27 por dois dias, dá para fazer o percurso panorâmico narrado em diversas línguas que esmiuça a história da cidade cuja efervescência cultural se traduz não só nos monumentos, mas em arte, moda e gastronomia.


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