NO LITORAL CEARENSE

O contato com os cearenses e a alegria de viver dessa população é o que mais agrada a 40% dos turistas que vão ao Estado, de acordo com pesquisa realizada pela Secretaria de Turismo do Ceará.
Com uma simpatia natural, os cearenses parecem ter percebido a importância do turismo para o Estado e, além de realizar acordos entre si para conquistar fregueses, quase sempre tentam agradar o turista, às vezes com a intenção de ganhar uns trocados.
A diferença de tratamento já começa no aeroporto, onde o visitante é presenteado com um chapéu de palha com uma faixa ostentando a frase "Ceará, o destino do milênio". Uma técnica de marketing que faz o turista se sentir especial. Segundo um taxista de Fortaleza, o objeto acaba servindo para diferenciar os turistas dos habitantes da terra.
É comum o cearense rapidamente providenciar um gelo quando alguém machuca o pé ou se virar para assisti-lo de acordo com suas possibilidades.
Em Ponta Grossa, onde o gelo é escasso, os utensílios de primeiros socorros rapidamente providenciados pelos locais são pinga e limão, que surpreendentemente aliviam o ferimento e aceleram a cicatrização do corte.
O cearense também puxa conversa com naturalidade. Por exemplo, no caminho para a Pedra Furada, em Jericoacoara, o vendedor ambulante conhecido como Panela costuma contar quase sua vida inteira para os turistas que lhe dão trela.
Em Cumbuco os habitantes garantem o seu almoço indicando barracas de praia aos turistas. Da mesma forma, o taxista de Fortaleza ganha dinheiro do dono de um hotel ao indicá-lo ao viajante.
Em Canoa Quebrada, todos, do cabeleireiro ao garçom, conhecem o bugueiro que vai fazer o preço mais camarada do pedaço.
De qualquer forma, o assédio é sempre muito tranquilo e não chega a importunar os viajantes, pois os vendedores só alongam o papo se o candidato a freguês permitir que isso aconteça. (MV)


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