São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2008

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MOCHILA À CUBANA

Silenciosa durante o dia, Trinidad tem noite agitada

Patrimônio histórico desde 1988, cidade foi centro comercial

DO ENVIADO ESPECIAL A CUBA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUBA

As ruas de paralelepípedo, as casas coloniais, a calmaria, a proximidade do mar. Trinidad, cidade a cerca de 350 km de Havana, tem ares de Paraty.
Pequena, é possível conhecê-la em apenas um dia. Opinião parecida têm os havaneses, que a consideram um local belíssimo, mas muito pacato.
Declarada pela Unesco como patrimônio histórico da humanidade em 1988, Trinidad foi um antigo centro comercial de açúcar e de escravos.
Hoje, a base da economia local é o turismo. As casas de estilo colonial convidam os curiosos a dar um espiadela através das portas-balcão.
Chegar até a cidade é fácil. De Havana, de onde saem ônibus diariamente, o percurso leva cerca de cinco horas.
Ao chegar em Trinidad, inicie um passeio a pé pela plaza Mayor, que serve de ponto de encontro dos moradores.
Ao redor dela estão os principais pontos turísticos: a casa de Aldemán Ortiz, que abriga obras de artistas locais, o palácio Cantero e a igreja e convento de São Francisco, sede do Museu da Luta contra Bandidos, os contra-revolucionários que fugiram para a serra Escambray após 1959.

Disputa por espaço?
O vagar tranqüilo pelos prédios históricos dá lugar ao vaivém da feirinha de artesanato. Turistas, a maioria europeus, se amontoam sobre as barraquinhas de balangandãs.
Corais viram colares; ossos de vaca, bengalas; e garfos retorcidos se transformam em braceletes. Fotos de Cuba e de Che Guevara dividem espaço com peças de crochê e madeira.
A algumas quadras dali, o bar Canchánchara serve uma bebida de mesmo nome que leva rum, lima, mel e água.
À noite, em vez da calmaria que silencia o dia, na Casa de la Trova e na Casa de la Música acontecem apresentações com grupos locais.
As noites frescas permitem que as apresentações sejam realizadas a céu aberto. Os moradores comparecem às festas. Graças a eles, os turistas aprendem -ou tentam aprender-, em minutos, os principais passos da salsa.

Fora do centro histórico
Quem decidir esticar a estadia na cidade pode conhecer alguns destinos que estão fora do centro. Ao sul, a cerca de dez quilômetros, a península Ancón tem boa infra-estrutura turística, com variedade de bares, restaurantes e hotéis.
As praias Ancón e La Boca são as mais procuradas, tanto por turistas quanto pelos próprios cubanos.
Os ecoturistas podem ir para Topes de Collantes, ao norte de Trinidad. No passeio pela serra de Escambray, o visitante passa pela floresta nativa, por cavernas e cachoeiras. (AN e TS)


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