São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2001

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ROTEIRO CAPIXABA

Na barra do Jucu, há passeios para conscientização ecológica e rodas de congo nas tardes ensolaradas

Praias oferecem conforto e rusticidade

DO ENVIADO ESPECIAL AO ESPÍRITO SANTO

O litoral do Espírito Santo tem mais praias, além das já conhecidas Guarapari e Itaúnas, que são dicas para o próximo verão.
A Grande Vitória apresenta uma variedade de belas praias, a começar pela de Camburi. Embora esteja perto do porto de Tubarão, Camburi tem águas limpas na sua parte central e é boa para caminhadas e esportes.
Outras praias da capital bem frequentadas são a Prainha e a ilha do Boi. A ilha -um braço de terra da capital- tem um condomínio de boas casas e abriga o hotel-escola do Senac, o Ilha do Boi, com uma bela vista da baía.
Saindo do centro da cidade, os municípios de Vila Velha e Serra, que compõem a Grande Vitória, reservam surpresas no seu litoral.
Depois da construção da Terceira Ponte, as praias do centro de Vila Velha ficaram valorizadas. Com apartamentos de alto padrão de frente para o mar e a dez minutos de Vitória, a praia da Costa atrai novos moradores.
Como contraponto, há a barra do Jucu, que mantém a atmosfera rústica. Movimentos ecológicos, como o Amabarra (tel. 0/xx/27/ 3244-7249) e o Passos de Anchieta (tel. 0/xx/27/3260-1528), têm passeios para mostrar ao turista a importância de preservar a natureza.
O próprio despertar dos nativos para suas belezas é reforçado com a educação eco-cultural nas escolas locais. A barra do Jucu, a 15 minutos de Vitória, fica no km 13 da Rodovia do Sol, estrada à beira-mar que liga a capital a Guarapari.
A barra tem ótimas ondas para o surfe e o bodyboard. Ao lado, a praia da Concha oferece águas calmas. Tem ainda uma intensa vida noturna, com bares que tocam todos os ritmos.
O congo também faz do lugar um ponto cultural que liga as tradições índias, portuguesas e negras. O ápice ocorre na festa de são Sebastião, em dezembro, na fincada do mastro. No passado, o congo não era bem visto, mas hoje os jovens participam das rodas. Fernando Valadares, o Farinha, percussionista da banda Manimal, tem um tambor de 125 anos que foi de seu avô, mestre de congo, feito pelos índios de Aracruz.
A Manimal foi a primeira a unir guitarra, baixo, bateria e metais com a batida do ritmo ancião.
A banda Casaca veio depois, consolidando o ritmo, gostoso e fácil de se envolver (tambores do congo com guitarra e baixo). Renato Casanova, idealizador da banda, é paulista mas pescou a alma do congo. Tocava na banda Tambores de Jacaranema e integrantes da Casaca saíram de lá.
A casaca é uma espécie de reco-reco de madeira esculpida na ponta. A moçada da barra, nas tardes de sol de domingo, se reúne para as rodas de congo de mestre Zé Silva, com vista para o mar. (LUÍS DÁVILA)


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