São Paulo, segunda-feira, 12 de novembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Moqueca e pratos internacionais compõem sabores

DO ENVIADO ESPECIAL

Não há nada melhor do que provar uma excelente comida cujo valor, na hora de pagar a conta, não cause indigestão. Vitória é assim, come-se bem e barato. Existem lugares que preservam sua poesia simples e a traduzem em pratos fartos e saborosos.
É o caso do bar do Bigode (tel. 0/xx/27/3345-6919). De suas enormes janelas avista-se a praia com os barcos de pescadores e gigantescos navios que cruzam a baía e a Terceira Ponte. Pergunte ao garçom qual o prato que mais sai: "Arroz PP", é a resposta. Leva arroz, brócolis bem picadinho, camarão, polvo e lagosta, numa panela de barro fervendo. Custa R$ 22 e dá para duas pessoas.
O bar do Ceará (0/xx/27/3223-7953) serve há anos um delicioso peroá frito passado no fubá e cerveja bem gelada. Recentemente o cardápio foi duplicado e ganhou um pequeno pastel, recheado com siri, que enche os olhos e a boca. Frequentado por artistas, é um ótimo ponto para ir sem ter pressa.
Para quem quer se perder à noite e deixar seu "barco" ao sabor dos ventos, um lugar indicado é o Triângulo das Bermudas, na praia do Canto, que tem bons restaurantes, bares e boates. Destacam-se os restaurantes Pirão (0/xx/27/ 3227-1165) e Moqueca do Cizino, em frente ao primeiro, que servem a tradicional e imperdível moqueca capixaba.
Há ainda o bar do Bilac (0/xx/ 27/3225-0498), onde se pode beber um cremoso chope. Às sextas-feiras, a paquera rola solta.
Para os amantes da carne, a churrascaria Sarandi (0/xx/27/ 3227-6878) tem tenras carnes e peixes com um serviço rápido, fato incomum em Vitória.

Vagão-restaurante
Em Vila Velha, o Café do Museu, do Museu Ferroviário do Rio Doce (leia mais sobre o museu na pág. F8), foi criado inicialmente para ser, como o próprio nome sugere, um café.
Com uma arquitetura bem desenhada e cuidada, o vagão-restaurante passou a ter uma cozinha com pratos internacionais com a chegada do chef Dinho Corsoni, experiente cozinheiro que morou na Itália, na Espanha e na Alemanha e que compartilhou panelas com cozinheiros de países como Grécia e Índia. Daí surgiu o cardápio tão variado do café: filés com molhos de inspiração germânica, paellas, massas com frutos do mar. Também há mesinhas do lado de fora do vagão.
Na barra do Jucu, a moqueca capixaba (veja receita nesta página) do Espera Maré (0/xx/27/ 3260-1359), feita no capricho, já seria suficiente, mas tem ainda vista para a entrada do mangue, onde ao cair da tarde pode-se ver uma revoada de pequenas garças brancas que recheiam uma árvore bem em frente ao restaurante. O local é todo de madeira, com um deque na beira do mangue.
Nos quiosques da barra, à beira da praia, o visitante faminto pode provar dois peroás fritos no fubá, salada de tomate, farofa e banana frita por R$ 6. (LD)


Texto Anterior: Praias oferecem conforto e rusticidade
Próximo Texto: Paneleiras mantêm tradição indígena
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.