São Paulo, segunda-feira, 13 de maio de 2002

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GOL NO ORIENTE

A duas horas de Tóquio, cidade abriga complexo centro religioso ornado com madeira ricamente trabalhada

Nikko oferece fuga a ambiente bucólico

DA ENVIADA ESPECIAL AO JAPÃO

Nikko, famoso centro religioso budista-xintoísta, cujo primeiro templo foi fundado há 1.200 anos, e Kamakura, capital do Japão de 1185 a 1333, são dois passeios de um dia cada um a locais impregnados de história e de beleza natural nos arredores de Tóquio. Nikko fica ao norte, a duas horas de trem, numa área montanhosa, e Kamakura, a sudoeste, no litoral, a uma hora e meia de distância.
A estação de trem de Nikko é típica das cidades do interior, com saída para uma praça rodeada de lojas e galerias comerciais situadas em casas e prédios baixos.
O complexo formado pelo templo Rinno-ji (766), com um salão com três imagens douradas de Buda, o santuário Futara-san (782), cujo portal de bronze é considerado no país Propriedade Cultural, o santuário Tosho-gu (1634), que levou dois anos e o trabalho de 15 mil artesãos para ser concluído, e o santuário Taiyuin-byo (1653), em um bosque de cedros, já são motivos para caminhar pela floresta de Nikko.
O Tosho-gu é o mausoléu-santuário (com elementos budistas) de Ieyasu Tokugawa (1542-1616), xogum que governou o Japão. Tanto ele quanto o Taiyuin-byo, também um mausoléu -para o neto de Ieyasu, Iemitsu Tokugawa (1603-51)-, exibem portais e campanários de madeira ricamente trabalhados e coloridos, com entalhes de animais. A entrada única para os principais santuários custa cerca de US$ 10, mas alguns cobram uma taxa a mais para alas especiais.
Perto do complexo fica ainda o Parque Nacional de Nikko, com uma queda-d'água de cem metros e um spa de águas termais.
Kamakura é mais urbana, e o ideal é caminhar por suas ruas e apreciar as pequenas lojas de artesanato -algumas especializadas em espadas, facas e madeira. Muitos artistas e escritores, além de trabalhadores endinheirados de Tóquio, vivem na cidade.
Dentre os 19 santuários e 65 templos estão o Hachiman-gu (1603), santuário dedicado ao deus da guerra, e o Grande Buda de bronze (1252), de 13,5 m de altura, sentado ao ar livre. As proporções são distorcidas, mas fazem com que ele pareça estar em equilíbrio. (CHIAKI KAREN TADA)


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