|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BUENOS AIRES
Cresce o número de academias da dança na capital argentina, apesar de as FMs pouco tocarem o ritmo
Tango é cada vez mais a cara da cidade
da enviada especial a Buenos Aires
Vendido como produto de exportação, o tango entra em tudo
quanto é programa de viagem para estrangeiros em Buenos Aires.
Só que nas tanguerias típicas, como El Viejo Almacén e outras do
gênero, tudo é turístico demais, o
tipo de espetáculo que você já conhece começo, meio e fim, embora com produções caprichadas.
Se o tango para turistas é inevitável, que seja então com elegância.
E o endereço é o não menos elegante hotel Alvear -top dos tops
da hotelaria portenha, que estreou
há quatro meses a sua própria casa
de espetáculos, a Armenonville
(reservas, tels. locais
804-1033/4033).
O ambiente da tangueria é uma
extensão do clima histórico do hotel, fundado em 32 e hoje totalmente reformado. Garçons vestindo casacas e luvas brancas servem
champanhe silenciosos e circulam
aristocráticos entre os convidados. No show, o melhor de Astor
Piazolla, coreografias bem ensaiadas e os hits de Carlos Gardel, que
aparece num telão dividindo a voz
com os cantores locais no clássico
"Mi Buenos Aires Querido".
A casa tem várias programações:
funciona como academia de dança
das 13h às 17h, serve chá regado a
tango das 17h às 19h e exibe shows,
que custam US$ 50 por pessoa.
Nascido no início do século, o
tango ficou muito tempo restrito
aos bailes da periferia. Por volta
dos anos 20 chegou ao centro da
cidade, surgindo assim suas primeiras orquestras típicas.
Gardel encarna a época de ouro
do ritmo, tornando-o conhecido
mundo afora. Tempos depois, nos
arranjos de Piazolla, ganha releitura mais moderna, elogiada pela
crítica e rejeitada pelos tangueiros
tradicionais.
De qualquer forma, em Buenos
Aires, vem crescendo o número de
academias de tango e essa música
meio nostálgica tem cada vez mais
a cara da cidade. (SGa)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|