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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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BAILA COMIGO

Aprendizes e veteranos praticam ritmo argentino em casas que têm etiqueta própria para evitar trombadas

Pés-de-valsa exibem talento nas milongas

DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Com a indumentária pronta e os passos ensaiados, ir a uma milonga -casa onde se dança a milonga, a salsa e, principalmente, o tango- é a coroação de quem se aventurou a virar tanguista.
Uma dessas casas é o Club Gricel, que não passa de um salão cercado de cortinas de veludo cor de vinho, com um néon rosa choque no alto da pista exibindo o nome do local e ventiladores de repartição pública prateados que refletem a luz do néon.
Frequenta o ambiente enfumaçado um público composto principalmente por bailadores entre 40 e 60 anos, que dançam em pares sequências quase sempre instrumentais. As mesas ficam em torno da pista. Ali são servidos aperitivos e bebidas, consumidos nos intervalos do arrasta-pé.
As mulheres usam saias curtíssimas, deixando para fora as pernas, que escondem a idade. Quando a pista está lotada, todos dançam para o mesmo lado, para evitar trombadas. Durante a noite, são tocadas sequências de cinco ou seis tangos, intercaladas com séries de outros ritmos, como salsa. Ao fim de cada ciclo, a pista esvazia, como se os dançarinos dessem seus passos em turnos.
Quando toca tango, a pista fica mais cheia, mais apertada, com muitas dançarinas fazendo a tal cara de tango, que o turista dificilmente vai aprender a imitar.
(HELOISA HELENA LUPINACCI)

Milongas - Club Gricel: r. La Rioja 1.180; Salón Canning: av. R. Scalabrini Ortiz, 1.331; El Beso: r. Riobamba, 416.


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