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BAILA COMIGO
Aprendizes e veteranos praticam ritmo argentino em casas que têm etiqueta própria para evitar trombadas
Pés-de-valsa exibem talento nas milongas
DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES
Com a indumentária pronta e
os passos ensaiados, ir a uma milonga -casa onde se dança a milonga, a salsa e, principalmente, o
tango- é a coroação de quem se
aventurou a virar tanguista.
Uma dessas casas é o Club Gricel, que não passa de um salão
cercado de cortinas de veludo cor
de vinho, com um néon rosa choque no alto da pista exibindo o
nome do local e ventiladores de
repartição pública prateados que
refletem a luz do néon.
Frequenta o ambiente enfumaçado um público composto principalmente por bailadores entre
40 e 60 anos, que dançam em pares sequências quase sempre instrumentais. As mesas ficam em
torno da pista. Ali são servidos
aperitivos e bebidas, consumidos
nos intervalos do arrasta-pé.
As mulheres usam saias curtíssimas, deixando para fora as pernas, que escondem a idade. Quando a pista está lotada, todos dançam para o mesmo lado, para evitar trombadas. Durante a noite,
são tocadas sequências de cinco
ou seis tangos, intercaladas com
séries de outros ritmos, como salsa. Ao fim de cada ciclo, a pista esvazia, como se os dançarinos dessem seus passos em turnos.
Quando toca tango, a pista fica
mais cheia, mais apertada, com
muitas dançarinas fazendo a tal
cara de tango, que o turista dificilmente vai aprender a imitar.
(HELOISA HELENA LUPINACCI)
Milongas - Club Gricel: r. La Rioja 1.180;
Salón Canning: av. R. Scalabrini Ortiz,
1.331; El Beso: r. Riobamba, 416.
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