São Paulo, segunda-feira, 14 de maio de 2001

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AVIAÇÃO

Companhias que praticam preços populares, como a Nacional e a Fly, anunciam rotas, tarifas e aviões novos

Gol parcela bilhete aéreo em até 12 vezes

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Agora quem comprar um bilhete aéreo pela Gol poderá pagar em até 12 vezes -com juros mensais de 2,9% mais IOF- ou dividir o valor no cartão (sem juros, no máximo em quatro parcelas). Em contrapartida a empresa reajustou as tarifas em até 5%. Alguns preços vão variar de acordo com horário de vôo e demanda.
Integrante do segmento de "low fare" (companhias de baixo custo e tarifas menores), a empresa credita a medida à alta do dólar. A Nacional já anunciou que deve ir pelo mesmo caminho, apesar de não estipular uma data para os aumentos, que devem esbarrar nos 5% em junho.
O mesmo não deve acontecer, por enquanto, com a Fly. "É natural que haja uma variação de preço durante o ano. Agora vai começar a alta temporada, mas não temos perspectiva de aumento", diz Rogerio Ottoni, diretor para assuntos corporativos da Fly. Para ele, o dólar não influencia tanto na planilha de custos das companhias.
Viajar com as empresas de "low fare" não é diferente só no bolso, pelo menos em duas delas. A Gol adotou um estilo descontraído no serviço de bordo, que passa pelas mensagens anunciadas no alto-falante ("Que bom ter vocês a bordo") um tanto sem naturalidade, chegando à comida: uma barrinha de cereal. Tudo combinando com o ar "teen" dos comissários de bordo.
"A Gol é uma empresa do século 21, não poderia ter cara de século passado", justifica Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing da empresa.
A Nacional, porém, reclama para si a paternidade do estilo "friendly" (amigável). "O uniforme é com camisa de gola pólo, a linguagem é informal e a tripulação pode até cantar "Trem das Onze" no final de um vôo noturno", diz o vice-presidente Jairo Izaul dos Santos. A Fly preferiu manter o estilo sóbrio.
A Gol anunciou que recebe mais um Boeing-737/700 neste mês, outros dois em setembro e mais um em outubro, quando totaliza dez aeronaves. Até o fim de maio, coloca em operação seu décimo destino: Curitiba (PR).
A Nacional vai substituir um 737/200 por dois até o final do mês e, em julho, incorpora um terceiro aparelho à frota (que hoje faz as rotas Rio-Salvador e Fortaleza-São Luís e que passará a atender a região Centro-Oeste em junho). A Fly deve receber sua quarta aeronave para operar na temporada de julho.



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