São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2004

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DÁ PEDAL

Nove rotas costuram o país de 41.290 km2; é possível levar a bicicleta do Brasil ou alugá-la em estações de trem

Ciclovias ziguezagueiam a Suíça inteira

Heloisa Lupinacci/Folha Imagem
Pelas ruas de Zurique revela-se uma marca do cotidiano suíço: a vida sobre duas rodas; bicicletas carregam engravatados rumo ao trabalho e turistas exploram o país por suas trilhas


HELOISA LUPINACCI
ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA

Três mil quilômetros divididos em nove ciclovias cortam os 41.290 quilômetros quadrados da Suíça, costurando as partes alemã, francesa e italiana que formam o país em uma rede de sinalizações elaboradas.
Uma placa vermelha, com uma bicicleta desenhada, quer dizer "isto é uma ciclovia suíça". E pode estar pregada em uma árvore de um bosque, em um poste de Zurique ou à beira de uma rodovia, às margens de um rio.
Outra placa indica os nomes das cidades mais próximas e os quilômetros faltantes em cada rota.
Como são nove caminhos que seguem direções distintas, é preciso atentar para o número da placa. Se estiver na rota 2, seja fiel e não siga uma placa da rota 5.
Mesmo com todas as sinalizações, não é preciso esforço para se perder. Como estão em cidades, estradas ou bosques, às vezes é preciso decidir para que lado ir em uma bifurcação sem placas. E a decisão pode ser errada.
É recomendável, portanto, consultar um mapa antes de sair pedalando. Nos pontos de aluguel de bicicletas, há mapas disponíveis. Os perdidos não precisam entrar em desespero. Como muitos suíços são poliglotas (podem falar alemão, francês, inglês e italiano), não é difícil encontrar pelo caminho quem fale algum idioma que o ciclista entenda.
Caso a intenção seja explorar diversas regiões, é possível aliar bicicleta a outros meios de transporte. Barcos e trens têm espaço dedicado a essa passageira magrela -atente, no entanto, para o limite do número de bicicletas que eles carregam por vez.
Quem não quiser pedalar a viagem toda pode percorrer trechos curtos, de uma cidade a outra. O ideal, nesse caso, é sair de onde se está hospedado, ir a alguma cidade vizinha e voltar pedalando.
Antes, porém, é bom checar se há trechos difíceis no roteiro. Afinal, o objetivo é se divertir e não ficar dolorido por conta de uma sucessão de ladeiras.

Bicicleta alugada
Em todas as estações de trem públicas da Suíça há pontos de aluguel de bicicletas da empresa Rent-a-Bike AG (www.rent-a-bike.ch). Para sair pedalando, é preciso apresentar o passaporte e preencher um contrato.
O aluguel de meio dia (devolução antes das 12h30 ou aluguel depois desse horário) custa 23 francos suíços (R$ 58). Um dia sai por 30 francos suíços (R$ 75). Se a bicicleta é alugada em uma cidade e devolvida em outra, a diária sobe para 36 francos suíços (R$ 90).
Se quiser levar a bicicleta do Brasil pela companhia Swiss ou Lufthansa, basta informar, na reserva, que uma magrela vai voar, e embalá-la, com rodas e pedais separados do corpo. A soma das medidas da caixa não pode ultrapassar 158 cm. O peso máximo é 32 kg. Se levar uma mala e a bicicleta, não há taxas. Se levar um volume a mais, paga-se US$ 120 de excesso de bagagem.
Essa é a taxa cobrada pela Air France para carregar bicicletas independentemente do resto da bagagem do passageiro. Também é preciso informar que a magrela vai voar e dizer o tamanho da embalagem. Na Alitalia, a taxa é de US$ 39,60 pela bike, e o procedimento de embarque é o mesmo.

Heloisa Lupinacci viajou a convite do Switzerland Tourism, da Swiss International Airlines e da The Leading Hotels of the World.


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