DA ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA

Um calendário repleto de festivais de música, ruas cheias de cafés e de lojas de comida e uma atmosfera familiar a brasileiros. Lugano, no Cantão de Ticino, é talvez o lugar em que o turista vindo do Brasil se sente mais à vontade em toda a Suíça.
No verão, andar à beira do lago homônimo à cidade pode parecer, por alguns instantes, uma caminhada à beira da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio. Na rua, os carros enfrentam trânsito.
Entre este mês e setembro, a cidade abriga semanas de música erudita, que consistem de diversos concertos pela região com músicos suíços e europeus. Em julho acontece o festival de jazz e, em agosto, o de blues. Todos ao ar livre e, o melhor, de graça (veja programação na página www.lugano-tourism.ch).
O centro de Lugano, com ruas pelas quais os carros não circulam, guarda um pequeno império gastronômico fundado em 1937: as lojas da família Gabbani (www.gabbani.com) vendem pães, queijos, salames, vinhos, carnes, flores e sanduíches. Os Gabbani são milaneses e instalaram suas lojas na via Pessina. Um bom programa é comprar queijos, pães e vinho e fazer um piquenique num dos parques locais.
Ali perto, na mesma via Pessina, fica o Gran Café al Porto. Aberto em 1803, funciona em uma casa cheia de salões e escadas. Quem vai a Lugano e prova os amaretti e as trufas de ouro desse café com certeza volta de lá com uma lembrança diferente da cidade.
Os amaretti (plural de amaretto) são biscoitos com casca crocante e recheio molhadinho, com sabores como chocolate, baunilha e laranja, comidos em geral depois das refeições. A trufa de ouro mistura o doce do chocolate ao azedo do recheio de maracujá.
Não é só a comida que entretém o visitante em Lugano. Do porto do lago, saem passeios de barco a cidades da região. Muitas foram estratégicas por serem entrepostos entre o sul e o norte da Europa.
Em um dos passeios, o turista vai a Capolago, onde ficam o monte Generoso, ponto mais alto do Cantão, e "grottos", restaurantes certeiros para quem quer desvendar um lugar por meio da culinária. (HELOISA LUPINACCI)


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