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Genebra pode ser desvendada com 0,50 franco
DA ENVIADA ESPECIAL
Uma moeda de 50 centavos de
francos suíços leva o viajante a todos os pontos de Genebra. O melhor: no final, ela é devolvida ao
viajante, que, agora, conhece toda
a cidade. Durante o verão, funcionam três pontos de empréstimo
de bicicleta à beira do lago Léman.
Já no inverno, apenas um deles fica aberto. Basta colocar a moeda,
pegar a bicicleta, pedalar, devolvê-la e pegar a moeda de volta.
Montado na magrela, é possível
percorrer a região das organizações internacionais e entrar em
dúzias de museus. Na ONU, a visita guiada é feita em 15 idiomas.
Quase 40% da população é formada por estrangeiros. O fenômeno se dá pela soma de duas
causas. A primeira é o fato de a cidade abrigar 190 organizações internacionais e seus funcionários.
A segunda é a imigração que busca qualidade de vida -Genebra e
Zurique têm o melhor índice desse quesito em todo o mundo.
O ciclista passa diante da praça
das Nações, onde fica a gigante escultura Cadeira Quebrada. Falta
uma perna ao móvel, que é símbolo da luta contra o uso e a fabricação de minas antipessoais.
Também não vale dar uma volta
na cidade sem parar para ver o jato d'água. Ele alcança 140 metros
de altura ao expelir 500 litros de
água a cada segundo e funciona
das 9h30 às 23h15 entre maio e a
metade de setembro. Depois, tem
horários específicos por causa do
frio. Um detalhe: nos dias de muito vento, fica desligado.
Cisma
Na noite de Genebra, que pode
até parecer calma demais, dois
bares simbolizam extremos de
comportamento.
Le Baroque (www.lebaroque.ch) acerta em cheio o gosto dos
certinhos. Todo sofisticado, decorado com peças de vidro, tem programação de noites temáticas e
reúne pessoas que parecem celebridades suíças.
L'Usine (www.usine.ch) é quase um edifício auto-suficiente.
Abriga teatro, cinema, cabeleireiro, bar, espaço expositivo, ateliê
de arquitetura. Enfim, é uma espécie de usina, mesmo, da cultura
alternativa da cidade.
No meio da noite, quando todas
as casas parecem ter encerrado o
expediente na cidade, L'Usine está cheio de tipos humanos, moicanos, africanos, modernos e curiosos, que tomam chope e conferem a programação da semana,
bem variada.
(HL)
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