São Paulo, segunda-feira, 14 de junho de 2004

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DÁ PEDAL

Mesmo com pouco dinheiro dá para se divertir na cidade que desbanca a idéia de país certinho

Agitada, Zurique sopra hálito jovem

Heloisa Lupinacci/Folha Imagem
Vitrine de Sprüngli expõe bolos e reflete edifícios de Zurique


DA ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA

Ponto de partida e chegada ideal para viajantes que gostam de um pouco de agito, Zurique parece injetar hálito jovem ao país associado a uma concepção certinha, com a precisão de seus relógios e compassos.
Não que seja bagunçada, afinal a cidade é considerada, empatada com Genebra, dona da melhor qualidade de vida do mundo.
Engana-se quem espera encontrar uma cidade séria e encapotada. Ao menos na primavera, todos pedalam suas bicicletas ao redor do lago que batiza a cidade e tomam chopes e banhos de sol em bares a céu aberto.
No almoço, mulheres de tailleur e homens engravatados são vistos sentados debaixo de árvores comendo seus sanduíches ou almoçando no primeiro restaurante vegetariano da Europa, o Hiltl (Sihlstrasse, 28; www.hiltl.ch; preço: 3,90 francos suíços por 100 g no almoço), aberto em 1898.
Estar em Zurique sem muitos francos suíços no bolso não inviabiliza certos passeios. Além de se perder pelo centro histórico da cidade, ao menos dois programas culturais são gratuitos.
O museu de arte de Zurique, Kunsthaus, não cobra entrada para a coleção permanente. Ele abriga sessões dedicadas ao suíço Alberto Giacometti e à arte produzida no século 20 nos EUA, além de pintura flamenga e obras de Picasso, Anselm Kiefer, Cézanne, Van Gogh, Monet e Munch.
Outro passeio gratuito é admirar os vitrais criados por Marc Chagall para a igreja Fraumünster. O altar do austero templo é iluminado pela luz que cruza as cinco longas janelas.
Quem, por outro lado, estiver com a carteira cheia pode se jogar na Banhofstrasse (www.bahnhofstrasse-zuerich.ch), rua que sai da estação de trem e segue Zurique adentro salpicada por grifes, como Chanel e Louis Vuitton.
No número 28 da mesma rua fica o restaurante Zeughauskeller, instalado onde, por muito tempo, funcionou um arsenal. Ali já esteve guardado o arco de Guilherme Tell -um mito nacional-, como relata um inventário de armas de 1644.
Da mesa, avistam-se armas. E, sobre ela, salsichas de um metro, salada de batatas e outras delícias.
E para não voltar para casa sem chocolates, pare na Sprüngli (www.confiserie-spuengli.ch) e leve uma mistura com as dez especialidades da casa (15 francos suíços). (HELOISA LUPINACCI)


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