São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2006

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Paulino Neves vive em crise de identidade

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA NO MARANHÃO

Uma cidade em crise de identidade. Assim pode ser definida Paulino Neves, ou extra-oficialmente Rio Novo, nos pequenos Lençóis do Maranhão, um povoado emancipado em 1996, cujos moradores discutem como deve se chamar.
Antes da emancipação, o povoado à direita do rio Novo chamava-se Paulino Neves e pertencia a Tutóia. Já o povoado à margem esquerda chamava-se Rio Novo e pertencia a Barreirinhas. Hoje, cada morador chama seu pedaço de chão de acordo com a sua consciência.
Mas, seja Paulino Neves seja Rio Novo, o fato é que a região oferece dunas e lagoas belíssimas -com uma grande vantagem em relação a outros pontos do Maranhão: a apenas 20 minutos de caminhada. Isso quer dizer que você pode dispensar o buggy, o caminhão adaptado e até mesmo os insistentes guias locais e desbravar por conta própria a natureza exuberante.
Outro atrativo é o rio que corta essa cidade. Ideal para mergulhos e passeios de barco. Para baixo, em direção ao mar e a uma ilha de areia. Para cima, mais dunas com um lago de águas claras.
Quem for em direção à foz do rio Novo, região conhecida como barra do Tatu, deve pedir ao barqueiro que desligue o motor do barco ao entrar nos igarapés. Assim, no silêncio, será possível ver os macacos-pregos se aproximando de sua lancha.
Conhecer bem Paulino Neves requer ao menos três dias. Uma boa opção de estada é a pousada da Dona Mazé, à beira do rio. Aproveite para provar o exótico e superbarato carneiro com coco (R$ 10). (FABIO SCHIVARTCHE E ANA CLÁUDIA MARTONI)

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