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Paulino Neves vive em crise de identidade
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA NO MARANHÃO
Uma cidade em crise de identidade. Assim pode ser definida
Paulino Neves, ou extra-oficialmente Rio Novo, nos pequenos
Lençóis do Maranhão, um povoado emancipado em 1996,
cujos moradores discutem como deve se chamar.
Antes da emancipação, o povoado à direita do rio Novo chamava-se Paulino Neves e pertencia a Tutóia. Já o povoado à
margem esquerda chamava-se
Rio Novo e pertencia a Barreirinhas. Hoje, cada morador
chama seu pedaço de chão de
acordo com a sua consciência.
Mas, seja Paulino Neves seja
Rio Novo, o fato é que a região
oferece dunas e lagoas belíssimas -com uma grande vantagem em relação a outros pontos
do Maranhão: a apenas 20 minutos de caminhada. Isso quer
dizer que você pode dispensar o
buggy, o caminhão adaptado e
até mesmo os insistentes guias
locais e desbravar por conta
própria a natureza exuberante.
Outro atrativo é o rio que
corta essa cidade. Ideal para
mergulhos e passeios de barco.
Para baixo, em direção ao mar e
a uma ilha de areia. Para cima,
mais dunas com um lago de
águas claras.
Quem for em direção à foz do
rio Novo, região conhecida como barra do Tatu, deve pedir ao
barqueiro que desligue o motor
do barco ao entrar nos igarapés.
Assim, no silêncio, será possível ver os macacos-pregos se
aproximando de sua lancha.
Conhecer bem Paulino Neves requer ao menos três dias.
Uma boa opção de estada é a
pousada da Dona Mazé, à beira
do rio. Aproveite para provar o
exótico e superbarato carneiro
com coco (R$ 10).
(FABIO SCHIVARTCHE E ANA CLÁUDIA MARTONI)
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