São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2006

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SOB O SOL DO MARANHÃO

Sede da base de lançamento aeroespacial brasileira tem patrimônio tombado e natureza intocada

Em Alcântara, foguetes convivem com ruína histórica

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA NO MARANHÃO

Um passeio por Alcântara, a uma hora de barco de São Luis, parece uma viagem na máquina do tempo: um mergulho no Brasil imperial do século 19.
A cidade, fundada em 1816, foi logo ocupada por famílias da aristocracia e comerciantes, que ergueram cerca de 300 prédios. Em seu apogeu, contava mais de 8.000 moradores, dos quais 5.000 eram negros. Com a abolição da escravatura e o declínio econômico, os aristocratas e latifundiários migraram para outras cidades, e muitos de seus filhos foram para a Europa, deixando para trás um patrimônio histórico que é tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Hoje, há apenas 4.000 habitantes.
Mas o resultado é positivo para o turista. Há belas ruínas de edifícios coloniais, como a igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Casa da Câmara (que hoje abriga a prefeitura), e até o antigo pelourinho na praça central, tudo envolto por praias e muita natureza em estado bruto. Repare no vôo dos guarás vermelhos que se deliciam com caranguejos na areia.
Quem gosta de tecnologia deve ir à Casa de Cultura Aeroespacial, que tem maquetes e muita informação sobre o Centro de Lançamento de Alcântara, a base de lançamento de foguetes brasileira.
Seja qual for seu interesse em Alcântara, pense em passar ao menos uma noite por lá -os guias de viagem impressos geralmente recomendam a estada por algumas horas, que lhe dará tempo suficiente apenas para enjoar no barco na ida e na volta. (FABIO SCHIVARTCHE E ANA CLÁUDIA MARTONI)

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