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SOB O SOL DO MARANHÃO
Sede da base de lançamento aeroespacial brasileira tem patrimônio tombado e natureza intocada
Em Alcântara, foguetes convivem com ruína histórica
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA NO MARANHÃO
Um passeio por Alcântara, a
uma hora de barco de São Luis,
parece uma viagem na máquina
do tempo: um mergulho no
Brasil imperial do século 19.
A cidade, fundada em 1816,
foi logo ocupada por famílias da
aristocracia e comerciantes,
que ergueram cerca de 300 prédios. Em seu apogeu, contava
mais de 8.000 moradores, dos
quais 5.000 eram negros. Com
a abolição da escravatura e o
declínio econômico, os aristocratas e latifundiários migraram para outras cidades, e muitos de seus filhos foram para a
Europa, deixando para trás um
patrimônio histórico que é
tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional. Hoje, há apenas 4.000 habitantes.
Mas o resultado é positivo
para o turista. Há belas ruínas
de edifícios coloniais, como a
igreja de Nossa Senhora do
Carmo e a Casa da Câmara (que
hoje abriga a prefeitura), e até o
antigo pelourinho na praça
central, tudo envolto por praias
e muita natureza em estado
bruto. Repare no vôo dos guarás vermelhos que se deliciam
com caranguejos na areia.
Quem gosta de tecnologia deve ir à Casa de Cultura Aeroespacial, que tem maquetes e
muita informação sobre o Centro de Lançamento de Alcântara, a base de lançamento de foguetes brasileira.
Seja qual for seu interesse em
Alcântara, pense em passar ao
menos uma noite por lá -os
guias de viagem impressos geralmente recomendam a estada por algumas horas, que lhe
dará tempo suficiente apenas
para enjoar no barco na ida e na
volta.
(FABIO SCHIVARTCHE E ANA CLÁUDIA MARTONI)
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