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Associação de vitivinícolas do vale do Colchagua cria rota de degustação com visita a centros de produção
Veja como vinhos são feitos e os prove
DA ENVIADA ESPECIAL AO CHILE
O caminho que vai de Santiago
ao vale do Colchagua é cercado de
plantações de macieiras floridas
de branco, pessegais, ameixais, laranjais e, principalmente, vinhas.
Dos 50 mil hectares de área do
vale, 21 mil hectares estão ocupados com a plantação de uvas para
a produção de vinho. O solo do local, extremamente pedregoso, é
propício para a plantação de uvas
de qualidade, pois não retém
água, o que colabora para a criação de uma videira estressada,
que vai dar uvas concentradas,
com pouca água.
A entrada do vale está a 122 km
de Santiago, seguindo pela estrada 5 Sur. A primeira cidade é San
Fernando, que fica a 12 km da entrada do vale. A melhor época para visitar o local é entre setembro
e abril, quando não chove e a média de temperatura é de 25 C.
A Rota do Vinho foi elaborada
por uma associação de 12 vitivinícolas (Bisquertt, Casa Lapostolle,
Casa Silva, Cono Sur, Jacques &
Francois Lurton, Laura Hartwig,
Luis Felipe Edwards, Montes,
MontGras, Siegel, Viu Manent e
Selentia), que criaram a estrutura
para receber os turistas pelo trajeto. No vale, ao todo, existem 27 vitivinícolas. Além do enfoque turístico, a associação também visa
a melhorar cada vez mais os vinhos e aumentar a exportação.
O passeio pela Rota do Vinho é
uma mistura de aulas e degustações, portanto, antes de ir, acostume-se com a idéia de que você poderá tomar cinco tipos de vinhos
diferentes em uma visita.
Nas vinícolas, os enólogos explicam como é o processo de fabricação dos vinhos. Esqueça mulheres descalças pisando em barris cheios de uvas. Aqui, o cenário
é de máquinas de aço inoxidável.
A única etapa manual é a escolha
das uvas.
Depois de aprender como são
feitos os diferentes tipos de vinho,
o visitante é convidado a degustar
os produtos da casa.
Antes da degustação, há explicações: primeiro passo, incline o
copo em 45 para apreciar a cor e
ver se o vinho está brilhante; segundo passo, agite o copo em movimentos circulares e sinta o aroma que se espalha pelo ar que está
no copo; terceiro passo, dê um gole. Ao tomar o vinho, faça bochechos, como se faz com refrescantes bucais, para que ele entre em
contato com as mucosas da boca.
Assim você poderá sentir se ele é
muito alcoólico (se causar ardência e aquecimento da mucosa), se
é ácido ou se tem muito tanino (se
der a sensação de amarrar a língua, adstringente).
Na vinícola Casa Silva, o visitante conhece uma fábrica construída em 1937 e reformada recentemente. Na reforma, a arquitetura
da casa foi mantida e os equipamentos modernos foram adaptados ao local. Assim, os tanques de
concreto, que armazenavam o vinho durante a fermentação, foram revestidos de aço inoxidável.
Uma sala de almoço pode ser
usada para servir uma refeição
para até 20 pessoas. Com móveis
antigos, em um mezanino sobre a
sala de estocagem repleta de barris de carvalho, a vontade é de almoçar ali todos os dias do ano.
Com menos detalhes históricos,
a Casa Lapostolle recebe os visitantes para a degustação em uma
sala com uma parede de vidro
com vista para o jardim.
Um casarão de estilo espanhol
com um jardim no centro é a sede
da Viu Manent. No jardim é preparada a parillada, servida no almoço em uma sala ao lado, que
tem decoração temática: vasos
cheios de galhos de parreira, barris no canto da sala e pintura de
uma vinha na parede.
A vinícola Viu Manent recentemente foi premiada por seu vinho
produzido com a uva malbec.
Além das uvas merlot e cabernet
sauvignon, o Chile produz vinhos
com as uvas malbec e carmenére,
apostas dos produtores locais.
Um passeio com seis horas de
duração, incluindo a visita a três
vinícolas, com degustação de vinhos, guia e transporte, custa US$
35. Com almoço no hotel Santa
Cruz Plaza, o passeio custa US$
50. Grupos com dez pessoas ou
mais, pelo mesmo preço, podem
almoçar em alguma das vinícolas.
(HELOISA HELENA LUPINACCI)
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