São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2000


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PORTUGAL
No próximo mês, temperaturas agradáveis e festas populares animam turistas e lisboetas
Lisboa vira palco urbano em junho

Toni Pires/Folha Imagem
Praça do Comércio, local de eventos da capital, onde são realizados megashows em junho



JEFFERSON RODRIGUES
EM PORTUGAL

O vento frio já cede espaço à brisa da primavera, e o sol aparece generosamente em terras portuguesas. É difícil resistir ao chamado da estação das flores, que, somada ao sabor único desse país, é responsável pela afluência de turistas neste período.
E a porta para os segredos e os prazeres de Portugal é Lisboa. Hoje com 700 mil habitantes, a capital portuguesa pode ser uma extensão da casa do brasileiro e, principalmente, lição de como entender as mudanças por que passa a Europa no caminho de se tornar uma comunidade afinada.
A cidade não tem mar, mas ganha beleza com o vasto e azul estuário do Tejo -rio que nasce na Espanha e que, próximo a Lisboa, tem seu leito alargado em uma verdejante planície (a lezíria), para acabar junto da capital.
O melhor período para visitar o país é a partir de maio, no que se refere ao clima, recomenda o agente de turismo Nuno Dias, que trabalha no bairro histórico de Belém -onde, às margens do Tejo, reúnem-se tão próximos o solene mosteiro dos Jerônimos e a torre de Belém, obras-primas do período manuelino e patrimônios mundiais, o Centro Cultural de Belém, com espaço para todas as artes, e o Padrão dos Descobrimentos, de 1960, erguido por Salazar para celebrar os 500 anos da morte de Henrique, o Navegador. Dias lembra que nessa fase as temperaturas sobem e tudo ganha ares mais festivos.

Festas juninas
Em junho, Lisboa se torna um imenso palco urbano para as festas dos santos populares, e o mês é tão aguardado na capital portuguesa quanto é o Carnaval entre cariocas e soteropolitanos.
Entre os dias 12 e 30, os folguedos atingem seu ápice, e é o desfile das marchas populares na avenida da Liberdade que inaugura as festas de Lisboa.
Na noite do dia 12, os lisboetas assistem à tradicional competição de marchas entre bairros até que, na madrugada do Dia de Santo Antônio, 13 (feriado municipal), o júri anuncia o nome da marcha vencedora. Em seguida, torcedores adversários "protestam" e, mesmo "inconsoláveis", seguem festejando pela cidade.
Durante o mês, especialmente nos bairros históricos, as ruas enfeitam-se de lanternas e fitas de todas as cores. Nas praças, a fumaça dos carrinhos onde se preparam assados mistura-se com a música de baile. Esse clima de quermesse é convite para a dança, para o riso e para comer a imprescindível sardinha assada, bem regada a vinho tinto.
Grupos de todo o país aportam em Lisboa nas festas para exibir suas culturas regionais. Na praça do Comércio, salão nobre da cidade, são esperados megashows com astros internacionais. Cosmopolita, a cidade reserva um intenso cardápio de atrações culturais. Exemplo disso é a segunda edição do Festival Multimúsicas, além de espetáculos de dança, exposições e manifestações de rua.
A beleza das festas da capital portuguesa se encerra com uma solene queima de fogos de artifício sobre o rio Tejo. O show pirotécnico serve para o lisboeta como um segundo réveillon.


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