São Paulo, segunda-feira, 15 de maio de 2000


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PORTUGAL

Oceanário valoriza região de Lisboa

EM PORTUGAL

A brisa da modernidade sopra suave em Lisboa, em novos espaços culturais e na construção de condomínios residenciais e centros empresariais afastados do centro histórico. E cresce o interesse popular pelos assuntos da política nacional e quanto aos rumos da União Européia.
O deslocar nostálgico dos antigos bondes contrasta com o de longos e rápidos trólebus. Nas estações de metrô restauradas, as cores vivas combinam com a disposição arquitetônica dos materiais. Tudo isso sem perder de vista a recuperação de prédios públicos e de velhos casarões com suas fachadas de azulejos.
Um bilhete de metrô leva o visitante até a região que simboliza a Lisboa moderna, nos arredores do Parque das Nações, área reurbanizada para abrigar a Expo'98. O destino é a estação Oriente.
Dali se descortina outra cidade: em passeios à margem do Tejo, alinham-se um arrojado centro de compras e de lazer e uma ampla área com praças, jardins e obras de arte moderna.
Reunindo o Oceanário de Lisboa, o pavilhão Atlântico (ginásio) e a torre Vasco da Gama, o Parque das Nações é um espaço nobre na cidade para a realização de shows, exposições e eventos esportivos. Hoje morar nessa região virou sonho de consumo de muitos lisboetas, que viram em pouco tempo a área ganhar pesado investimento imobiliário. Lá estão os condomínios mais valorizados e as sedes de grandes empresas.
Os oceanos e seus recursos são o conceito que norteia todo o complexo do Parque das Nações. Mas é do alto que se tem uma visão espetacular do parque: o passeio de teleférico (chamado de "telecabina") custa pouco menos de R$ 5.

Aquário gigante
No parque, caminhando pelos jardins Garcia de Orta, no Passeio das Tágides, chega-se ao Oceanário de Lisboa, o segundo maior do mundo (site www.oceanario.pt) e onde há uma rica coleção de animais marinhos, dos principais hábitats oceânicos.
À vista dos visitantes, dezenas de espécies de tubarões nadam entre peixes de tamanhos variados. "Como todos eles são alimentados, não há por que se atacarem", ensina um monitor.
Ex-Pavilhão dos Oceanos durante a Expo'98, o Oceanário de Lisboa foi uma das atrações da exposição mundial. Sobre o espelho d'água da Doca dos Olivais, o seu aspecto exterior evoca uma ilha no oceano ou também um navio ancorado, pronto para zarpar.
O projeto é de autoria do arquiteto norte-americano Peter Chermayeff. Quatro biotipos, representando diferentes zonas costeiras do globo terrestre, estão dispostos nos cantos de um tanque central, que representa o conjunto dos oceanos.
Ambientes temáticos ensinam os visitantes a entender os mares e a relação do ser humano com o oceano por meio de exposições, audiovisuais e painéis interativos em que, ao se apertar um botão, visualiza-se o movimento das correntes marítimas ou de uma espécie de baleia, por exemplo.
Em outra sala, uma gravação conta que são retiradas dos oceanos mais de 37 milhões de toneladas de alimento e que a depredação dos recursos marinhos não pode ser sustentada, daí a fixação de cotas internacionais para permitir a recuperação das reservas de peixe e a aposta na piscicultura para o século 21. (JR)


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