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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2003

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NOVA INGLATERRA

O recém-inaugurado Serenade of the Seas, que fará cruzeiros pelos EUA, comporta 2.500 passageiros

Transatlântico é minicidade flutuante

DO ENVIADO ESPECIAL A BOSTON

Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Fazer um cruzeiro pode significar, além de atracar em novos portos, aproveitar todas as facetas de um transatlântico -um verdadeiro complexo de entretenimento flutuante.
O Serenade of the Seas, recém-construído em um estaleiro alemão, sob encomenda da empresa Royal Caribbean Cruises, é um desses minimundos que deslizam sobre as águas.
Com cerca de 850 tripulantes, que servirão até 2.500 passageiros, o Serenade fará inicialmente cruzeiros pela costa nordeste dos EUA e pelo Canadá, saindo de Nova York. Em novembro, a previsão é de que o navio faça cruzeiros pelo Caribe, tendo Porto Rico como ponto de partida.
Os 13 "andares" (na verdade, deques) do navio apresentam números equivalentes aos de grandes arranha-céus. Segundo estimativa da Royal Caribbean, serão consumidos no Serenade, semanalmente, cerca de duas toneladas de arroz, 11,5 toneladas de frango, 12.500 latas de cerveja e 3.000 litros de sorvete, entre outros tipos de alimento.
Tamanho volume tem sua explicação, já que a estada no navio é um constante convite à comilança. As refeições podem ser feitas a qualquer hora do dia ou da noite: um dos cinco restaurantes ou um dos dez bares estará aberto. O maior dilema do passageiro será, portanto, apenas a escolha de onde e o que comer -entre as opções, comida italiana, churrasco ou hambúrgueres.
Isso sem mencionar o tradicional jantar com o capitão do barco, realizado no restaurante principal do Serenade -um salão de dois andares. De ambiente e cardápio mais refinados, esse restaurante funciona só para o jantar, em dois turnos (às 18h e às 21h).

Badalação
Durante a noite, basta decidir entre shows, jogos ou dança (ou experimentar todos eles). Para ajudar na escolha, ao se instalar em sua cabine, o passageiro encontrará um folheto chamado Compass (bússola, em inglês), com todas as atividades do navio.
Pelos deques, espalham-se uma pequena discoteca, a Vortex, com decoração estilo anos 70, e um bar com karaokê e duas mesas de bilhar de última geração -elas têm um mecanismo hidráulico que "antecipa" o movimento do navio e as deixa sempre niveladas na horizontal.
O cassino mantém suas roletas, máquinas de caça-níqueis e mesas de baralho funcionando até o final da madrugada. Há ainda a bordo um cinema, em forma de estádio, com 40 lugares, e um teatro, que apresenta shows no estilo de teatro-revista.

Para suar a camisa
Durante o dia, preencher a agenda a bordo não é tarefa difícil, seja para aqueles que querem descansar ou para os amantes das atividades físicas, que também não terão do que reclamar.
Pode-se ficar o dia todo ao lado das duas piscinas (uma coberta e uma ao ar livre), ou gastar as calorias adquiridas no jantar em uma quadra esportiva e em uma bem equipada academia de ginástica -inclusive com uma pista para corrida e professores à disposição dos hóspedes.
Os que quiserem um esporte mais calmo podem jogar minigolfe ou golfe eletrônico: em uma pequena sala, em frente a uma tela de lona em que está projetado um campo de golfe, dá-se uma tacada na bola, e, ao encostar na tela, ela projeta uma trajetória virtual dentro do cenário.
Já quem está disposto a tentar algo mais radical pode se aventurar na parede de escalada situada na popa do navio. Há, claro, instrutores a bordo para orientar os passageiros que quiserem subir pelas paredes.

Shopping
Para a famosa lembrancinha da viagem, o Serenade of the Seas tem, em um dos seus deques, uma minigaleria de lojas, muito parecida com um free shop. Nela é possível comprar camisetas, agasalhos e suvenires com a marca do navio, ou peças mais sofisticadas, como relógios e jóias ou uísques e vinhos. Uma camiseta pode ser adquirida por US$ 27; já um casaco de moletom custa US$ 70. Se o filme da máquina acabar, há também lojas que ofertam suprimento fotográfico.
E, se ao abrir a carteira, o passageiro se lembrar que tem alguma conta para pagar, não há razão para se preocupar. O problema pode ser resolvido em um dos vários terminais de computador conectados à internet que estão instalados a bordo. Ainda que, durante a estada, o que o passageiro talvez mais queira seja manter distância de tudo o que lembre a terra. (FÁBIO CHIOSSI)


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