São Paulo, segunda-feira, 16 de setembro de 2002

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PANTANAL (MS)

Empreendimento ecoturístico diz que não costuma servir peixes para estimular a preservação das espécies

Carne-seca é base da culinária típica

DA ENVIADA ESPECIAL AO PANTANAL

Quem espera refeições à base de peixes se surpreende com a culinária típica pantaneira, baseada na carne-seca. Pratos como paçoca com carne-seca (carne desfiada com farinha de mandioca), caribéu (carne-seca com mandioca), arroz carreteiro (carne-seca misturada ao arroz), macarrão tropeiro (espaguete com carne-seca e molho de tomate) e carne-seca na moranga são servidos nas pousadas do Refúgio Ecológico Caiman, em Miranda (a 236 km de Campo Grande).
Também estão no cardápio, mas com menos frequência, peixes assados como pacu e pintado, além de caldo de piranha.
O meio de hospedagem diz evitar servir peixes para estimular a preservação de espécies de peixe, muitas já desaparecidas com a pesca predatória.
Apregoando uma filosofia preservacionista, o refúgio concilia as atividades rotineiras de uma fazenda de gado com um empreendimento ecoturístico.
Formado por quatro pousadas, foi inspirado em viagens feitas pelo presidente do empreendimento, Roberto Kablin, à África do Sul, a Zimbábue, ao Quênia, a Botsuana e à Costa Rica. A arquitetura e a decoração das pousadas preservam o rústico da região.
A Sede, a mais antiga, foi construída em estilo espanhol rústico e tem salas de leitura, de convenções e de estar. A 9 km dela, a pousada Baiazinha, com formato de um pássaro com as asas abertas, foi erguida sobre os pilares de uma aroeira. Do deque da sua piscina, é possível ver o sol se pôr sobre as águas. Na baía dessa pousada mora o jacaré Pelé, que gosta até de posar para fotos.
O verde predomina na decoração da pousada Cordilheira, próxima a uma grande movimentação de animais. Já a Piúva tem a maior concentração de araras-azuis durante a cheia e de tamaduás-bandeira na estação da seca.
(NEUZA TASCA)


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