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SAFÁRI NA ÁFRICA
Zebras, leões e leopardos colorem o cenário
Vida animal fervilha no árido Serengueti
na África
Ao se aproximar das planícies do
Parque Nacional do Serengueti, na
Tanzânia, o viajante tem a sensação de chegar ao verdadeiro coração da África selvagem, onde sobrevive, intacto e isolado, um dos
habitats mais radicais do planeta.
A viagem desde a reserva de Ngorongoro passa por uma região de
montanhas e vales férteis, lagos e
vulcões extintos, o principal reduto dos masais na Tanzânia.
De repente, a paisagem verde e
ondulada é substituída por uma
vasta planície onde grupos numerosos de gazelas, impalas e outros
antílopes pastam no capim amarelo e seco.
Na entrada do parque, há um
posto fronteiriço situado aos pés
de um "kopje" (grandes blocos de
pedra que surgem do nada, cobertos de cactos e outras plantas de
clima árido, onde os predadores se
escondem para descansar entre
uma e outra caçada).
Do alto do "kopje", vê-se o Serengueti dourado num raio de 360
graus. Parece um inóspito deserto,
mas fervilha de vida. Do meio das
pedras, um lagarto fosforescente,
em tons de azul e vermelho, olha fixamente para o recém-chegado.
O parque tem animais selvagens
em diversidade e quantidade impressionantes.
Apenas nos primeiros 30 minutos após a entrada na reserva, encontramos um leopardo, três guepardos e duas leoas, sempre a uma
distância de no máximo 20 metros.
Devido à sua extensão e à quantidade de presas à disposição, o Serengueti permite a sobrevivência
de grandes grupos de carnívoros
predadores.
As famílias de leões, por exemplo, costumam ter bem mais de 20
membros, coisa rara em outras regiões da África.
Já os leopardos são solitários, tímidos e noturnos. Por isso são vistos raramente. O mais provável é
encontrar um deles esparramado
sob o galho de uma árvore de copa
bem sombreada.
O parque nacional é muito conhecido pela migração de zebras e
gnus, que se deslocam aos milhares de uma área para outra do Serengueti, dependendo da disponibilidade de água e de pastagem.
Durante o auge da seca (a partir
de agosto/setembro), os herbívoros cruzam a fronteira com o Quênia e se refugiam na vizinha reserva de Masai Mara, mais úmida durante a seca.
O Serengueti é também um local
privilegiado para se admirar todos
os outros grandes mamíferos africanos, com exceção do rinoceronte, extinto na região.
Grandes manadas de elefantes e
búfalos e grupos de hipopótamos e
de girafas são facilmente vistos no
parque, que tem tudo para oferecer o safári mais grandioso do continente selvagem.
(OTÁVIO DIAS)
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