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Universidade
mapeia passado
da enviada especial
O mapeamento arqueológico
realizado em Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália é organizado pelo
Museu de Arqueologia e Etnologia
da Universidade Federal da Bahia.
Em relação aos grupos indígenas, os materiais achados com
mais frequência são fragmentos de
vasilhames, machadinhas polidas,
instrumentos de pedra lascada e
acúmulos de conchas de moluscos
usados na alimentação.
Entre as peças, uma das mais impressionantes é um tambetá, um
enfeite que os índios usavam na
parte inferior dos lábios. O ornamento, polido em quartzo verde e
que deve medir cerca de dez centímetros, é muito parecido com um
dos enfeites indígenas descritos
por Pero Vaz em sua carta: "Trazia
este velho o beiço tão furado que
lhe caberia, pelo furado, um grande dedo polegar; e trazia metido no
furado uma pedra verde, que fechava, por fora, aquele buraco".
O tambetá foi encontrado no sítio do Engenho de Itacimirim, que
data do início do século 16.
"É um indício de que os índios
também trabalharam como escravos nos engenhos. Nessa época, os
negros ainda não haviam chegado
à Capitania de Porto Seguro", diz a
arqueóloga Leticia de Barros Mota.
Os restos arqueológicos das populações portuguesas do período
colonial são basicamente ruínas de
construções.
(MiF)
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