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CALIFÓRNIA 2003
Via especial nas estradas do Estado estimula carona e pode liberar pedágio em determinados horários
Carro cheio de gente abre faixa expressa
MARGARETE MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL À CALIFÓRNIA (SUL)
Mapa e carro na mão, roteiro na
cabeça e, preferencialmente, um
co-piloto do lado. Essa é uma boa
maneira para começar a explorar
a Califórnia, que, graças à diversidade climática de norte a sul,
agrada aos mais variados perfis de
turistas. Com 2.034 km de costa,
parques nacionais, regiões de vinhas, estações de esqui e deserto,
não é à toa que o Estado seja o
destino número um nos EUA e
que tenha recebido 317 milhões
de visitantes em 2001, dos quais
4,9 milhões eram estrangeiros.
Mas, antes de botar o pé no acelerador, é importante planejar.
Além do mapa na mão, vale a pena anotar num pedaço de papel as
"highways" (estradas) que o conduzirão ao destino desejado.
Regra básica é esquecer a
apreensão de dirigir no desconhecido e não ter medo de se perder,
porque, inevitavelmente, isso
acontecerá. Se, ao invés de pegar a
saída para o norte, você rumar ao
sul, não se preocupe, pois as placas indicarão uma nova saída para retornar à direção correta.
As estradas que ligam San Francisco (norte) a Los Angeles (ao
sul) são as Highways 5 e 99 e a maravilhosa Pacific Highway 1, cuja
alcunha é Big Sur, uma rodovia
que margeia a costa.
O novato deve tomar conhecimento de algumas particularidades ao conduzir o veículo. Não dê
farol alto para pedir passagem. O
condutor pode julgar a atitude
grosseira e denunciá-lo à polícia.
No máximo, dê seta para sinalizar sua intenção. Saiba que, mesmo assim, dentro do limite de velocidade, o motorista não é obrigado a liberar a passagem.
Perto de grandes centros, como
Los Angeles e San Francisco, há
uma faixa à esquerda, denominada "car pool", identificada na pista com o símbolo de um losango.
Trata-se de uma faixa permitida
para carros ocupados por duas ou
mais pessoas, embora esse número varie, dependendo da cidade
por onde você estiver circulando.
Em Los Angeles, onde o trânsito
é mais caótico que o de São Paulo,
pode-se utilizar a "car pool" com
duas pessoas no carro.
Já em San Francisco o número
mínimo sobe para três pessoas.
Preste atenção, pois, nessa cidade,
há horários em que os carros com
direito a usar a "car pool" não
precisam pagar o pedágio de US$
2 para entrar na cidade.
Em Los Angeles, evite circular
de carro nos horários de pico,
pois a cena do filme "Um Dia de
Fúria" na qual Michael Douglas
surta no meio da "freeway" é absolutamente compreensível.
Enquanto há uma única pessoa
em quase todos os veículos, o metrô fica vazio às seis da tarde.
Aliás, em Los Angeles, experimente tomar o metrô (US$ 1,35).
A linha vermelha vai de North
Hollywood a Union Station
("downtown") e passa por pontos
turísticos como Hollywood/Highland, onde fica o Kodak Theater
(leia mais na pág. F10), e o Moca
(Museu de Arte Contemporânea;
www.moca-la.org), que abriga
mostra de Lucian Freud, considerado o maior pintor realista britânico vivo, até dia 25 de maio.
A linha azul pode levá-lo até
Anaheim, onde fica a Disneylândia e o California Adventures -
parque temático sobre o Estado-, e termina em Long Beach
(cuja maior atração turística é o
navio ancorado Queen Mary,
misto de hotel e museu).
Compensa deixar o carro de lado nos grandes centros. Em San
Diego, um passe para circular de
bondinho pelos principais pontos
turísticos do centro vale por um
dia e custa US$ 4,50. Bem mais
vantajoso que gastar US$ 8 num
único estacionamento.
Uma boa dica na escolha do roteiro é solicitar um livreto com 28
passeios a partir de várias cidades
na Califórnia, a maioria de dois ou
três dias, na empresa South Marketing, que representa o Departamento de Turismo da Califórnia
no Brasil (tel. 0/xx/21/2517-4800).
Margarete Magalhães viajou a convite
do Departamento de Turismo da Califórnia e da American Airlines.
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