UOL


São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CALIFÓRNIA 2003

Via especial nas estradas do Estado estimula carona e pode liberar pedágio em determinados horários

Carro cheio de gente abre faixa expressa

MARGARETE MAGALHÃES
ENVIADA ESPECIAL À CALIFÓRNIA (SUL)

Mapa e carro na mão, roteiro na cabeça e, preferencialmente, um co-piloto do lado. Essa é uma boa maneira para começar a explorar a Califórnia, que, graças à diversidade climática de norte a sul, agrada aos mais variados perfis de turistas. Com 2.034 km de costa, parques nacionais, regiões de vinhas, estações de esqui e deserto, não é à toa que o Estado seja o destino número um nos EUA e que tenha recebido 317 milhões de visitantes em 2001, dos quais 4,9 milhões eram estrangeiros.
Mas, antes de botar o pé no acelerador, é importante planejar. Além do mapa na mão, vale a pena anotar num pedaço de papel as "highways" (estradas) que o conduzirão ao destino desejado.
Regra básica é esquecer a apreensão de dirigir no desconhecido e não ter medo de se perder, porque, inevitavelmente, isso acontecerá. Se, ao invés de pegar a saída para o norte, você rumar ao sul, não se preocupe, pois as placas indicarão uma nova saída para retornar à direção correta.
As estradas que ligam San Francisco (norte) a Los Angeles (ao sul) são as Highways 5 e 99 e a maravilhosa Pacific Highway 1, cuja alcunha é Big Sur, uma rodovia que margeia a costa.
O novato deve tomar conhecimento de algumas particularidades ao conduzir o veículo. Não dê farol alto para pedir passagem. O condutor pode julgar a atitude grosseira e denunciá-lo à polícia.
No máximo, dê seta para sinalizar sua intenção. Saiba que, mesmo assim, dentro do limite de velocidade, o motorista não é obrigado a liberar a passagem.
Perto de grandes centros, como Los Angeles e San Francisco, há uma faixa à esquerda, denominada "car pool", identificada na pista com o símbolo de um losango.
Trata-se de uma faixa permitida para carros ocupados por duas ou mais pessoas, embora esse número varie, dependendo da cidade por onde você estiver circulando.
Em Los Angeles, onde o trânsito é mais caótico que o de São Paulo, pode-se utilizar a "car pool" com duas pessoas no carro.
Já em San Francisco o número mínimo sobe para três pessoas. Preste atenção, pois, nessa cidade, há horários em que os carros com direito a usar a "car pool" não precisam pagar o pedágio de US$ 2 para entrar na cidade.
Em Los Angeles, evite circular de carro nos horários de pico, pois a cena do filme "Um Dia de Fúria" na qual Michael Douglas surta no meio da "freeway" é absolutamente compreensível.
Enquanto há uma única pessoa em quase todos os veículos, o metrô fica vazio às seis da tarde. Aliás, em Los Angeles, experimente tomar o metrô (US$ 1,35).
A linha vermelha vai de North Hollywood a Union Station ("downtown") e passa por pontos turísticos como Hollywood/Highland, onde fica o Kodak Theater (leia mais na pág. F10), e o Moca (Museu de Arte Contemporânea; www.moca-la.org), que abriga mostra de Lucian Freud, considerado o maior pintor realista britânico vivo, até dia 25 de maio.
A linha azul pode levá-lo até Anaheim, onde fica a Disneylândia e o California Adventures - parque temático sobre o Estado-, e termina em Long Beach (cuja maior atração turística é o navio ancorado Queen Mary, misto de hotel e museu).
Compensa deixar o carro de lado nos grandes centros. Em San Diego, um passe para circular de bondinho pelos principais pontos turísticos do centro vale por um dia e custa US$ 4,50. Bem mais vantajoso que gastar US$ 8 num único estacionamento.
Uma boa dica na escolha do roteiro é solicitar um livreto com 28 passeios a partir de várias cidades na Califórnia, a maioria de dois ou três dias, na empresa South Marketing, que representa o Departamento de Turismo da Califórnia no Brasil (tel. 0/xx/21/2517-4800).


Margarete Magalhães viajou a convite do Departamento de Turismo da Califórnia e da American Airlines.


Texto Anterior: Pacotes para a Califórnia
Próximo Texto: Sacramento ainda lembra o Velho Oeste
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.