DO ENVIADO ESPECIAL

Não se deixe enganar pelos rostos amistosos e pelo verniz primeiro-mundista que os norte-americanos passaram na ilha.
Circular por Porto Rico e, especificamente, por San Juan exige cuidados similares àqueles que devem ser tomados em qualquer grande metrópole do mundo. Os batedores de carteira não perdem oportunidades geradas por turistas desatentos. Mas o índice de homicídios (25 por 100 mil) da cidade dá inveja a qualquer paulistano (69,2 por 100 mil).
E os furtos a residências acabaram forçando mudanças nas fachadas fora dos roteiros turísticos. É muito comum encontrar portas e janelas escondidas atrás de grossas grades. Há ainda alguns muros protegidos com arame farpado e, em casos mais extremos, cercas eletrificadas.
Assim, mesmo nas bem policiadas áreas turísticas, não é recomendável ostentar jóias e relógios caros, bancando aquilo que os ilhéus chamam de "gringo rico". Procure carregar apenas o dinheiro necessário para o dia e, de preferência, num bolso interno da roupa. Nos bolsos normais, deixe apenas uma nota de US$ 10. Caso o pior aconteça, diga adeus a ela sem muita cerimônia.
Evite caminhar sozinho à noite por áreas sem movimento de turistas, em especial perto de cemitérios e no balneário de Escambrón, no bairro de Puerta de Terra. Quando o sol se põe, esses locais viram pontos de traficantes. Se você estiver com um carro alugado na ilha, evite dar caronas, pois o número de sequestros relâmpagos vem subindo.
Por fim, um aviso às mulheres. Embora as nativas, incentivadas pelo calor, desfilem com modelitos apertadíssimos e decotes generosos, procure não se vestir de maneira a despertar pensamentos libidinosos. A polícia e o bom senso recomendam. (EF)


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