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MINICHINA
Mapas e pinturas contam época de domínio holandês na ilha
Mostra exibe temporada holandesa
DO ENVIADO ESPECIAL A TAIWAN
A mostra "Ilha Formosa - A
Emergência de Taiwan na Cena
Mundial no Século 17", no anexo
do Museu Nacional Palácio, remete à era em que, à semelhança
do Nordeste brasileiro, a ilha foi
ocupada por holandeses, que financiavam o plantio de cana pelos chineses.
Na primeira
viagem, do capitão Willem
Ysbrantsz, entre 1618 e 1625,
os holandeses
foram atacados pelos portugueses.
Mas, determinada a ficar,
a Companhia
das Índias expulsou os portugueses e os espanhóis, em 1642.
Em 1661, com a chegada das tropas chinesas de Koxinga, os holandeses levaram a pior, e a ilha de
Formosa virou um entreposto comercial independente. Isso durou
até 1683, quando a China novamente tomou o poder local.
A exibição conta essa história
com maquetes, pinturas, armas,
manuscritos e, sobretudo, com
mapas, narrando como Jan Pietersz Coen, governador-geral da
Companhia das Índias, tinha, já
em 1625, missão igual à do conde
Maurício de Nassau no Brasil.
Assim, quando Isaac Commelin
publicou, em 1646, 20 crônicas
ilustradas sobre a região, a Companhia não gostou, pois, de certo
modo, ele estava entregando o
ouro numa época em que a rota
entre a China e a Europa era cobiçada por potências como
Espanha e Inglaterra.
Entre os mapas, o "Atlas
Chinensis", de
John Ogilvy,
contém informações de Arnoldus Montanus. Já o mapa
de Johannes
Vingboons, reproduzido acima, é
de 1640, e, além de Formosa, descreve as ilhas Pescadores. Mais
completa, a carta "Parte Oriental
da China", de Vicenzo Coronelli
(1695), mostra a costa e o mar da
China com ricas ilustrações.
Nesse tempo, os barcos de junco chineses eram rudimentares, e
as caravelas, que os aborígines
malaios chamavam de "kapal"
(barco grande), com vários mastros, deques e canhões, eram sinônimo de poder.
(SILVIO CIOFFI)
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