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DO LUXO AO BÁSICO
Público gay encontra até aulas de tango
Cidade é conhecida como a nova capital GLBT da América do Sul ao legalizar união de homossexuais
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BUENOS AIRES
Público refinado e bem educado. Exigente. E gastador. Assim os hotéis cinco estrelas,
noitadas badaladas e até pontos
turísticos tratam os turistas
gays que visitam Buenos Aires,
considerada a nova capital
GLBT da América do Sul depois
de ser a primeira cidade da região a legalizar a união de pessoas do mesmo sexo.
Por isso não procure por guetos ou pelas famosas bandeiras
do arco-íris. A aposta dos portenhos é no bom gosto. Nos
descolados. Nos modernos. E
na convivência harmônica.
Tantos nos cafés de Palermo
Viejo (Bach Bar: café que promove "noite do cupido" para
casais heteros e gays, point das
lésbicas às quartas) e San Telmo (Pride Café: garçons bonitões, DJ, espreguiçadeiras do
lado de fora), como nos inúmeros parques arborizados, Buenos Aires está preparada para
receber quem se importa com
conforto e refinamento.
Até o tango descobriu seu lado gay. Ou redescobriu, como
conta Antonio Balizano, do La
Marshal (rua Maipú, 444), primeira casa gay de milongas. Segundo ele, no final do século 19
não era incomum casas de tango só para homens.
Mais de cem anos depois, não
se pode dizer que é comum.
Mas há. Há também casas só
para lésbicas. E o destino de
quem quer os cinco passos básicos do delicioso ritmo argentino é San Telmo.
Portinhas despretensiosas
ao redor da praça Dorrego escondem casas que apresentam
shows e oferecem aulas de dança. Escandinavos, americanos e
brasileiros dominam os salões
do Lugar Gay (www.lugargay.com.ar), do Símon e Su Libertino (rua Bolívar, 860) e do
Milonga del Coventillo (rua
San Lorenzo, 356).
Em novembro, pela primeira
vez na história, Buenos Aires
vai receber o primeiro torneio
internacional de tango para
gays. Mas não é só dança o esporte gay da cidade. Em setembro, Buenos Aires recebeu a
Copa do Mundo Gay de Futebol (www.iglfa.org).
(MR)
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