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R$ 1 = 1 PESO
País melhora sua imagem no exterior e recebe 1,2 milhão de estrangeiros em 2003
Turismo se recupera na Argentina
ALEXANDRA MORAES
ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES
Os resultados do ano de 2003 foram comemorados pelo setor hoteleiro e por comerciantes argentinos: o país recebeu o número recorde de 1,2 milhão de turistas estrangeiros -um aumento de
33,6% em relação ao ano anterior,
atribuído principalmente à "recuperação da imagem de Buenos
Aires e da Argentina no exterior",
segundo o diário "La Nación",
que, na semana passada, dedicou
um editorial ao bom desempenho
do setor turístico no país.
Outro fator que contribuiu para
o sucesso foi a desvalorização do
peso em relação ao dólar, que tornou os preços dois terços mais palatáveis para quem chega. A conversão para os brasileiros ficou fácil. Um peso equivale a R$ 1.
O jornal também chamou a
atenção para as políticas públicas
de desenvolvimento do turismo,
mas pondera que ainda falta uma
integração maior entre o setor público e a iniciativa privada para a
melhora da promoção da Argentina no exterior. Nota, porém, o
desenvolvimento da hotelaria,
que, apesar da crise que derrubou
o país em 2001, voltou a investir
no preparo dos funcionários e em
infra-estrutura, além da construção de empreendimentos, que somaram 39,5 milhões de pesos em
investimentos em 2003.
A hospedagem pode ser considerada um dos principais motivos do sucesso turístico da capital.
Democráticas, as opções encontradas por Buenos Aires conseguem se revelar tão acolhedoras
quanto profissionais, das categorias mais altas de hotéis de luxo
aos supereconômicos albergues
da juventude (leia na pág. F8).
Vindos principalmente do Brasil, do Chile, dos EUA e da Espanha, os turistas estrangeiros costumam gastar, em média, 200 pesos por dia em terras argentinas.
Até março deste ano, a Subsecretaria de Turismo de Buenos
Aires espera ver tilintar na cidade
ainda mais dinheiro, algo entre
290 e 330 milhões de pesos saídos
diretamente dos bolsos e das carteiras dos veranistas.
Passeios culturais
O "La Nación" aponta ainda para a necessidade de um maior investimento no setor de turismo
cultural, fenômeno crescente nos
últimos anos em todo o mundo.
Mas pelo menos a capital, Buenos
Aires, já é dotada de um aparelho
cultural muito bem desenvolvido.
O centenário Museu Nacional
de Bellas Artes, com cerca de 11
mil obras, e o contemporâneo
Museu de Arte Latino-Americana
de Buenos Aires são dois destinos
preferidos (leia na pág. F4).
Em passeios, a cidade revela outros museus menores e mais específicos, além de esculturas, monumentos e arquitetura que também
chamam a atenção do "turista
cultural". É possível também descobrir o apego que a Argentina
tem pelo design através da moda
com vida própria que é criada e
comercializada nas lojas de Palermo Viejo: roupas, objetos de decoração, móveis e livros que combinam com o espírito do bairro.
O tradicional teatro Colón, com um gigantesco subsolo construído nos
anos 70, também criou para si
mesmo uma pequena indústria
de roupas e sapatos, mas estes são
manufaturados exclusivamente
para os espetáculos apresentados
em seu palco. Oficinas de marcenaria fazem surgir cenários para
as óperas, sempre cantadas em
sua língua original, e os balés. A
casa guarda tudo o que produz e
expõe milhares de objetos que
contam a sua história.
Alexandra Moraes viajou a convite da
Starwood Hotels & Resorts e da Varig.
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