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Miniatura de trem anda por 101 m de trilhos
DO ENVIADO ESPECIAL
Levar o minério extraído das jazidas de Minas Gerais até o porto
de Vitória foi o sonho que mineiros e capixabas transformaram
em realidade no século passado.
Hoje, a sede da antiga estação
ferroviária Pedro Nolasco, no
bairro de Argolas, no município
de Vila Velha, convertida em museu, guarda as lembranças do período em que a ferrovia teve importante participação no desenvolvimento dos dois Estados.
Batizada com o nome do idealizador, a ferrovia foi construída
em 1927 seguindo os estilos neoclássico e art nouveau. Desativada
na década de 60, ela abrigou o escritório da Companhia Vale do
Rio Doce até meados da década
de 1970.
O prédio da antiga estação tem
três andares dedicados à história
da ferrovia. Um andar exibe fotografias, mapas e documentos do
começo do século, que registram
o início das construções, além de
uma grande mesa sobre a qual estão expostos moldes utilizados na
fundição de peças e ferramentas
de trabalho dos ferroviários. Relógios antigos, uma mesa de venda
de passagens e válvulas de uma
história mais recente podem ser
vistos em outro andar.
A grande atração do museu está
no último piso, onde uma gigantesca maquete de 34 metros quadrados simula a estrada de ferro,
que começa em Itabira, Minas
Gerais, e termina no porto de Vitória, Espírito Santo. Nela, um
trenzinho circula por 101 metros
de trilhos, entre 740 árvores e 370
bonecos, peças resultantes do trabalho de Francisco Tampieri, José
Ramiro Trindade do Nascimento
e José Severiano da Silva Filho,
membros da Associação Mineira
de Ferromodelismo.
Em frente ao edifício do museu,
o visitante pode ver de perto e até
mesmo entrar em uma locomotiva da década de 1940. Uma das últimas aquisições da Companhia
Vale do Rio Doce, a maria-fumaça -fabricada nos EUA pela The
Baldwin Locomotives Works em
1945- encontra-se em perfeita
condição de uso. Junto dela estão
um vagão de passageiros e outro
de cargas, ambos originais, feitos
de madeira.
Ao lado do museu, outros dois
vagões reformados abrigam o seu
café/restaurante, o qual também
possui um píer, utilizado por pequenas embarcações que realizam com turistas passeios pela
baía de Vitória.
(FM)
Museu Ferroviário Vale do Rio Doce -
Funciona de terça a domingo, das 10h às
18 h, exceto na sexta-feira, quando está
aberto das 12h às 20h. A entrada é franca. Tel.: 0/xx/27/246-1443.
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