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Ciclo das drogas deixou palacetes
EM BELÉM
Antes do ciclo da borracha, Belém já havia vivido um momento
de euforia econômica. Foi o ciclo
das drogas do sertão, ainda no período colonial. Com a venda de
produtos da floresta, como canela, sândalo, patchuli e cacau, os
portugueses expandiram a cidade
e deixaram marca na arquitetura.
A maior parte das construções
em estilo colonial português está
concentrada na Cidade Velha.
São casarões, sobrados e palacetes
dos séculos 17 e 18, com fachadas
de azulejos e gradis nas janelas.
Apesar da beleza e da importância
histórica, alguns desses prédios
estão abandonados.
A ladeira do Castelo, que liga a
feira do Açaí ao largo da Sé, foi a
primeira rua da cidade, com seus
casarões coloridos. Ali perto fica o
forte do Castelo, hoje em reforma,
marco zero da fundação da cidade, em 1616, às margens da baía
do Guajará. Nas ruas em volta da
catedral, como Siqueira Mendes,
é possível ver mais exemplares da
arquitetura portuguesa.
Na praça D. Pedro 2º, está o palácio Lauro Sodré, atual Museu do
Estado do Pará, inaugurado em
1772 e planejado pelo arquiteto
italiano Antonio Landi, que usou
matérias-primas da região e itens
importados de Lisboa. O palácio
foi palco da Cabanagem (revolta
popular do século 18).
(AP)
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