São Paulo, segunda, 19 de outubro de 1998

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POR DENTRO DA ESLOVÊNIA
Arquitetura é o destaque de Liubliana

ROBERTO ROCCO
na Eslovênia

Esqueça as guerras, as cenas chocantes na TV e os refugiados. A Eslovênia é uma ilha de sossego nos Balcãs. Primeira república a se separar da ex-Iugoslávia, em 1990, o país esbanja tranquilidade e exibe uma qualidade de vida invejável, superior à de Portugal e da Grécia.
Situada à beira do mar Adriático, entre a Itália, a Áustria, a Croácia e a Hungria, a Eslovênia, com área equivalente à do Estado de Sergipe, exibe uma diversidade impressionante de paisagens e climas.
Há desde as cidades históricas de Koper (a antiga Capo D'Istria) e Piran, que fazem lembrar Veneza, com suas torres triangulares, até os picos nevados dos Alpes, na fronteira com a Áustria e a Itália.
É um ótimo destino para esquiar, longe dos preços proibitivos da Suíça e da Áustria.
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História A separação do país do restante das repúblicas iugoslavas deu-se com um mínimo de conflitos.
Houve apenas algumas escaramuças na fronteira com a Croácia, dessa forma, iniciou-se o movimento de desintegração do que era o país de Josep Tito, o ainda reverenciado líder iugoslavo que manteve o país unido após a Segunda Guerra Mundial.
A capital, Liubliana (270 mil habitantes), reúne um acervo arquitetônico dos mais importantes da Europa Central, com construções do período barroco, quando a cidade ainda era um importante entroncamento ferroviário do antigo Império Austro-Húngaro.
Décadas de modernismo socialista não bastaram para apagar o charme de seu centro histórico, pontilhado por cafés e "kavarnes" -tavernas onde é possível beber os excelentes vinhos eslovenos e cervejas famosas no mundo todo, como a Lasko e a Union.
No alto do monte que domina a cidade, o Novo Grad (o castelo novo) ainda faz lembrar a época em que Liubliana -ainda cosmopolita e romântica- fazia parte do Império Austro-Húngaro.
Seu centro histórico sofreu intervenções profundas entre a Primeira e a Segunda Guerra, conduzidas pela mão revolucionária (para a época) de Joze Plecnik (pronuncia-se ioche pletchinik). Essas obras ajudaram a dar a atual feição da cidade.



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