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"JACKPOT"
Turista pode se aventurar em montanha-russa e saltos de bungee jump e visitar museu na cidade dos cassinos
Passarelas protegem visitante do sol forte
DA ENVIADA ESPECIAL A LAS VEGAS
Andar no calor de Las Vegas, no
árido sul do Estado de Nevada, faz
pensar como os primeiros aventureiros que ali chegaram atrás de
ouro, no século 19, suportavam
tanto sol na cabeça. Mas a cidade,
que cresceu a partir de 1931 com a
liberação do jogo no Estado, usa
de artimanhas para não deixar o
turista desistir de circular.
Em alguns pontos, as passarelas
colocadas sobre as largas avenidas têm escada rolante e até elevadores. Esteiras rolantes e trens de
superfície, chamados de "tram"
ou "monorail" (mapa no site
www.lvnvmonorail.com), fazem
a ligação entre alguns cassinos,
gratuitamente. Mas boné, óculos
escuros e protetor solar são parceiros essenciais.
À noite, quando a luz natural já
foi embora, os cassinos criam o
seu próprio "dia" com luzes e
muito néon. Alguns cassinos
aproveitam para realizar miniespetáculos ao ar livre, que podem
ser aproveitados por qualquer
um, de graça.
Em intervalos de cerca de dez
minutos, do lago em frente ao sofisticado Bellagio (www.bellagio
lasvegas.com) -que serviu de
locação para o filme "Doze Homens e Um Segredo"-, surgem
feixes de água de até 73 m que
"dançam" ao som das músicas tocadas nos alto-falantes. No Treasure Island, a cada hora e meia,
atores reais simulam uma batalha
entre dois navios, durante oito
minutos, com direito à troca de tiros e incêndios, em frente à Strip.
Afastada da Strip, no centro de
Las Vegas, a rua Fremont tem cinco quadras de calçadão cobertas
por um teto que à noite vira um
telão com show de imagens, luzes
e som controlado por computadores, em intervalos regulares.
Parque de diversão
Atrações em 3D, Imax e montanhas-russas, além das lojas e restaurantes, são atividades que os
cassinos inventam para segurar o
turista em suas dependências.
Há até opções radicais, como
uma plataforma para saltos de
bungee jump em um dos cassinos. Entre as lojas da Coca-Cola e
M&M (ao lado do MGM), existe
uma parede de escalada interna
de 23 m, com diferentes níveis de
dificuldade (custa US$ 10).
No Stratosphere (www.strato
spherehotel.com) há uma torre
de 353 m em cujo topo foram colocados uma pequena montanha-russa e um elevador de 50 m. A
montanha-russa apenas gira em
torno da torre, mas o lugar diz
que ela é a mais alta do mundo. O
elevador sobe 50 m em 2,5 segundos, depois desce devagar. Da torre tem-se uma ampla vista da cidade e do deserto que a rodeia,
mas o acesso é caro, US$ 7 (fora
ingressos para os brinquedos).
Cultura
E para não dizer que não há cultura na cidade, há os museus. O
Venetian abriga o Guggenheim
Hermitage e o Guggenheim Las
Vegas (www.guggenheimlas
vegas.org). O primeiro promove,
até 3 de março, a mostra "Arte
Através das Eras -Obras-Primas
da Pintura, de Ticiano a Picasso",
que reúne 39 pinturas, abrangendo 600 anos de história, trazidas
de três instituições: o Guggenheim, de Nova York, o Hermitage, de São Petersburgo, e o Kunsthistorisches, de Viena.
A coleção inclui obras de Rubens, Miró, Van Eyck, Van Gogh e
Delacroix, entre outros.
A cidade tem ainda instituições
que contam a história da região,
outras dedicadas a Elvis Presley e
até um museu de cera Madame
Tussaud's (www.madame-tus
sauds.com). Lugares para serem
vistos por quem já acostumou os
olhos ao néon e às luzes da cidade.
(CHIAKI KAREN TADA)
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