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São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 2003

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"JACKPOT"

Turista pode se aventurar em montanha-russa e saltos de bungee jump e visitar museu na cidade dos cassinos

Passarelas protegem visitante do sol forte

DA ENVIADA ESPECIAL A LAS VEGAS

Andar no calor de Las Vegas, no árido sul do Estado de Nevada, faz pensar como os primeiros aventureiros que ali chegaram atrás de ouro, no século 19, suportavam tanto sol na cabeça. Mas a cidade, que cresceu a partir de 1931 com a liberação do jogo no Estado, usa de artimanhas para não deixar o turista desistir de circular.
Em alguns pontos, as passarelas colocadas sobre as largas avenidas têm escada rolante e até elevadores. Esteiras rolantes e trens de superfície, chamados de "tram" ou "monorail" (mapa no site www.lvnvmonorail.com), fazem a ligação entre alguns cassinos, gratuitamente. Mas boné, óculos escuros e protetor solar são parceiros essenciais.
À noite, quando a luz natural já foi embora, os cassinos criam o seu próprio "dia" com luzes e muito néon. Alguns cassinos aproveitam para realizar miniespetáculos ao ar livre, que podem ser aproveitados por qualquer um, de graça.
Em intervalos de cerca de dez minutos, do lago em frente ao sofisticado Bellagio (www.bellagio lasvegas.com) -que serviu de locação para o filme "Doze Homens e Um Segredo"-, surgem feixes de água de até 73 m que "dançam" ao som das músicas tocadas nos alto-falantes. No Treasure Island, a cada hora e meia, atores reais simulam uma batalha entre dois navios, durante oito minutos, com direito à troca de tiros e incêndios, em frente à Strip.
Afastada da Strip, no centro de Las Vegas, a rua Fremont tem cinco quadras de calçadão cobertas por um teto que à noite vira um telão com show de imagens, luzes e som controlado por computadores, em intervalos regulares.

Parque de diversão
Atrações em 3D, Imax e montanhas-russas, além das lojas e restaurantes, são atividades que os cassinos inventam para segurar o turista em suas dependências.
Há até opções radicais, como uma plataforma para saltos de bungee jump em um dos cassinos. Entre as lojas da Coca-Cola e M&M (ao lado do MGM), existe uma parede de escalada interna de 23 m, com diferentes níveis de dificuldade (custa US$ 10).
No Stratosphere (www.strato spherehotel.com) há uma torre de 353 m em cujo topo foram colocados uma pequena montanha-russa e um elevador de 50 m. A montanha-russa apenas gira em torno da torre, mas o lugar diz que ela é a mais alta do mundo. O elevador sobe 50 m em 2,5 segundos, depois desce devagar. Da torre tem-se uma ampla vista da cidade e do deserto que a rodeia, mas o acesso é caro, US$ 7 (fora ingressos para os brinquedos).

Cultura
E para não dizer que não há cultura na cidade, há os museus. O Venetian abriga o Guggenheim Hermitage e o Guggenheim Las Vegas (www.guggenheimlas vegas.org). O primeiro promove, até 3 de março, a mostra "Arte Através das Eras -Obras-Primas da Pintura, de Ticiano a Picasso", que reúne 39 pinturas, abrangendo 600 anos de história, trazidas de três instituições: o Guggenheim, de Nova York, o Hermitage, de São Petersburgo, e o Kunsthistorisches, de Viena.
A coleção inclui obras de Rubens, Miró, Van Eyck, Van Gogh e Delacroix, entre outros.
A cidade tem ainda instituições que contam a história da região, outras dedicadas a Elvis Presley e até um museu de cera Madame Tussaud's (www.madame-tus sauds.com). Lugares para serem vistos por quem já acostumou os olhos ao néon e às luzes da cidade.
(CHIAKI KAREN TADA)


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