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FIM DE SEMANA / SÃO PAULO - 59 KM DE SP
Para Miguel Jacquetta, instrutor do Ski Mountain Park, as manobras são até 20% mais difíceis dos que as feitas na neve
Pista artificial sacia vontade de novatos e dos mais nostálgicos
LUÍS SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A SÃO ROQUE (SP)
Não é a mesma coisa, sobre isso
não há dúvidas. Os tombos são
piores, o plástico é duro e dói. Sobretudo, o clima não é o mesmo.
Em todos os sentidos. Nada supera a visão da imensidão branca a
cercar o turista, o charme das pesadas roupas de inverno e aquela
sensação única de estar em outro
país, tentando se virar em outra
língua. Apesar dessas diferenças,
esquiar no Ski Mountain Park, em
São Roque, a 59 km de São Paulo,
compensa tanto para iniciantes
quanto para esquiadores experientes. Veja por quê.
Para iniciantes
Os novatos no esporte podem
evitar o trauma dos primeiros
dias em uma estação de esqui no
exterior tomando os primeiros
tombos ainda no Brasil. Assim já
aprendem a se equilibrar e se
acostumam com os aparatos.
Embora não haja neve no interior de São Paulo, no Ski Mountain Park, exceto pela roupa
-usam-se vestimentas do dia-a-dia-, os equipamentos são os
mesmos usados para descer montanhas nevadas de verdade. Você
aprende a afivelar a bota, descobre que ela é pesada e como deve
ser encaixada no esqui. Depois verá como é difícil caminhar com
toda essa parafernália.
Quem optar por fazer snowboard tomará aulas com um instrutor em uma pista própria para
isso. E, claro, cairá como se fosse
seu primeiro dia na neve. A desvantagem, nesse caso, é que o
plástico é mais duro e o tombo dói
mais. Além disso, a roupa fica suja
de óleo (por isso, vá de roupa velha e siga a recomendação do parque: use calça e blusa de manga
comprida).
Quando se sentir pronto e mais
confiante, desça a pista de 400 m.
Vá com calma, pois a inclinação
chega a 45. Talvez a maior desvantagem do Ski Mountain Park
para os menos experientes é que
falta uma pista de dificuldade mediana. O iniciante passa das aulas
para uma pista difícil, mas de
pouca largura -9 m. Ou seja, se
perder o controle, pode ralar na
grama que margeia a pista. Mas
vale o desafio.
Devido ao deslize, esquiar no
plástico é mais difícil do que na
neve. "Com base em minha experiência, posso dizer que aqui é de
10% a 20% mais difícil, principalmente na hora de manobrar", diz
o instrutor Miguel Jaquetta, 30.
Então, quem aprender no Ski
Mountain Park, vai se sair melhor
na hora de encarar as descidas na
neve quando viajar para uma estação de esqui no exterior.
Para experientes
"Ah! Hoje acordei com uma
vontade de esquiar!", pensa o turista que já pisou na neve.
Se você é um desses nostálgicos
-mas tempo e dinheiro o impedem de dar uma escapadinha à
estação nevada mais próxima- e
não quer simplesmente se resignar, aproveite a pista de plástico.
Dá para matar a vontade e (um
pouco) a saudade. Além disso, o
lugar fica no alto de uma montanha de 1.200 m e, se fizer um friozinho, quase se sente o "clima" de
uma pista de verdade. E fique
atento pois, em julho, o parque
costuma colocar neve artificial. Já
é alguma coisa. Senão, use a imaginação e aproveite. De qualquer
forma, dá para treinar um pouquinho para não perder o jeito e
se preparar para a próxima viagem na neve de verdade.
Ski Mountain Park - Estrada da Serrinha s/nš, bairro Cambará. Em janeiro, está funcionando de terça a domingo e nos
feriados, das 10h às 18h. A partir de fevereiro abrirá apenas de quinta a domingo.
Informações: 0/xx/11/4712-3299. A entrada para o parque é gratuita de terça à
sexta. Aos sábados, domingos e feriados,
custa R$ 10 por veículo de passeio e R$ 5
para motocicletas. Pessoas a pé pagam
R$ 3. O preço para praticar esqui e snowboard é de R$ 15 cada meia hora e R$
0,50 o minuto adicional. Depois de uma
hora, o minuto adicional cai para R$ 0,43.
Valor inclui equipamentos.
Luís Souza hospedou-se a convite do
hotel Villa Rossa
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