em Alto Paraíso de Goiás

Alto Paraíso de Goiás (GO) é conhecida por suas seitas e o misticismo que ronda o município. Há cerca de 40 seitas com templos e locais de meditação na cidade.
A opção pela região se deve, de acordo com alguns místicos, pela energia cósmica catalisada no local pelos cristais da chapada dos Veadeiros. O local seria estratégico.
O diretor da Coonatour (Cooperativa Ecológica, Natureza e Turismo) da cidade, Anand Sampurro, 46, diz que as seitas são formadas por grupos religiosos e esotéricos.
``Eles chegam em grupos de quatro a seis famílias, compram terras, constroem templos e desenvolvem atividades socioeconômicas, como abrir uma lojinha aqui, outra ali'', afirma Sampurro.
Segundo ele, há ainda profissionais liberais, como médicos, dentistas, fisioterapeutas. ``Isso dá um potencial de recursos humanos enorme para a cidade'', afirmou.
A seita mais antiga, instalada há 20 anos no município, é a Bono Espero. São esotéricos que ensinam a língua esperanto. Com 120 seguidores, a Saniasins de Osho é a maior em número de discípulos.
Seitas conhecidas
Há outras mais conhecidas, como a Hare Krishna, a Cavaleiros de Maytréia e a Saint Germain (que construiu um complexo de templos na entrada da cidade).
A sete quilômetros do centro da cidade fica a Solarium -um santuário com jardins, trilhas místicas pelas matas e cachoeiras da região.
Na pousada dos Anões ocorrem anualmente seminários e encontros esotéricos.
O diretor da Coonatour disse que o turismo místico é a principal fonte de renda para o município. ``Muitas pessoas que vêm aqui atrás do misticismo são atraídas pelas belezas naturais da região e acabam praticando o ecoturismo.''
Segundo ele, o inverso também ocorre. ``Quem vem atrás de aventuras na chapada dos Veadeiros sempre ouve as histórias dos místicos. É uma dupla mão.''
Sam calcula que 25 mil pessoas visitam a região anualmente. ``Muitos vêm em busca dos fenômenos não-identificados que ocorrem no céu de Alto Paraíso.''
Esses fenômenos são luzes vistas por moradores e visitantes da região. Uns falam em discos voadores, outros em cidades espirituais. (CLAUDIA VARELLA)

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