|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sol irradia na Tate Modern em Londres
Peter Macdiarmid/Reuters
|
Obra de Olafur Eliasson "ilumina' átrio da galeria de arte londrina |
DA REDAÇÃO
Se o estereótipo de que os britânicos são obcecados pelo tempo é
verdadeiro, a obra do artista dinamarquês Olafur Eliasson, 39, exposta na Tate Modern de Londres
desde a quinta-feira passada, dará
muito o que falar.
No átrio da galeria, um semicírculo enorme dá a impressão de
que o Sol está mesmo ali dentro.
Eliasson colocou 300 espelhos no
teto e mais de 200 lâmpadas atrás
de uma tela. O "Sol" é, de fato, um
semicírculo -a metade de cima é
criada pelos espelhos que também se estendem pelo teto da galeria, refletindo a parte de baixo.
Visitantes que entram na galeria
param momentaneamente quando confrontados com o que parece ser o famoso "foggy" londrino
de um final do outono ou do inverno. Na verdade, a "neblina" é
uma mistura de açúcar e água que
cria esse efeito.
"Usava óculos escuros e achei
que estava confusa. Mas, quando
eu os troquei no meio da neblina,
ele [o "Sol"] ainda estava lá", diz a
americana Charlene Haar, 62, enquanto fitava o enorme "Sol".
Filho de pais islandeses, Eliasson diz que falar sobre o tempo
não é preocupação exclusiva dos
britânicos e que todos, de alguma
forma, são orientados por ele. "É
uma coisa do hemisfério Norte."
O trabalho do artista, que faz
parte do "Projeto do Tempo", é o
quarto de uma série que contempla peças em larga escala para serem exibidas no hall da Turbine,
na Tate Modern de Londres
(www.tate.org.uk/modern).
A empresa Unilever fez uma
doação de US$ 2 milhões por cinco anos, permitindo que a galeria
mostrasse uma nova obra a cada
ano até 2004. A exposição vai até o
dia 21 de março do ano que vem.
Texto Anterior: Arte global: Tesouros do Tibete fazem "tour" de 2 anos pelos EUA Próximo Texto: Museu dá a vez à arte asiática Índice
|