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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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DO ALTO

Andrenalina é combustível na parte alta

DA ENVIADA ESPECIAL

O Parque Nacional do Itatiaia é dois em um. Com altitudes que variam de 600 m a 2.787 m, no alto, predomina a vegetação rasteira, os campos de altitude. Assediados por morros, picos e pedras com vias para escalada, ali, o acesso é feito por uma estrada precária, que já conspira para um passeio movido a adrenalina.
A aventura no alto, que costuma incitar o turista a atingir o pico das Agulhas Negras ou o maciço das Prateleiras -os dois cartões-postais do parque-, deve começar cedo. Os visitantes só podem entrar até às 11h (ingresso custa R$ 3 por pessoa), e o número é limitado a 120 pessoas por dia.
Antes de chegar à guarita, dirige-se 13 km a partir da BR 354, em aclive, deixando para trás a Casa de Pedra, construída e frequentada por Getúlio Vargas, que, aliás, fundou o parque nacional, primeiro do país, em 1937, durante o Estado Novo, e a pousada Alsene, a mais alta do Brasil, a 2.265 m de altitude. Ficam para trás também histórias sobre os alemães que escolheram essa região serrana para morar, numa época em que Vargas manifestava certo apreço pelo nazismo.

Nas alturas
Os melhores meses para escalar e para obter ampla visão da serra da Mantiqueira são os de junho a agosto. A trilha mais procurada, que não exige experiência, é a que leva até as Prateleiras -a área é uma sobrevivente do incêndio provocado por dois turistas em julho de 2001, que destruiu cerca de 2.000 hectares de mata.
Já chegar até o Agulhas Negras não é para qualquer um. "É preciso preparo físico", alerta o guia Felipe Guimarães, 23.
A partir do abrigo Rebouças, base para trilhas, leva-se uma hora e meia até as Prateleiras. A fauna encontrada na trilha resume-se a marias-pretas e outras espécies de pássaros, sapinhos e lagartos, embora haja outros animais.
Perto da base das Prateleiras, turistas aproveitam o cenário (quase dentro das nuvens) para fazer um convescote. Carregar um farnel é imprescindível, pois não há local para comprar lanches.
Enquanto isso, os mais vigorosos, no topo das Prateleiras (a 2.548 m), iniciam o rapel, descendo 50 m pendurados por uma corda. A combinação trilha e rapel dura até seis horas.
O passeio até as Prateleiras com guia custa R$ 20; não inclui o rapel. Informações: Picus Ecoturismo (0/xx/35/ 9113-7059); www. picus.com.br, e Rota Turismo (0/ xx/35/3363-3207); www.rotaturismo.com.br. (MM)

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