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DO ALTO
Andrenalina é combustível na parte alta
DA ENVIADA ESPECIAL
O Parque Nacional do Itatiaia é
dois em um. Com altitudes que
variam de 600 m a 2.787 m, no alto, predomina a vegetação rasteira, os campos de altitude. Assediados por morros, picos e pedras
com vias para escalada, ali, o acesso é feito por uma estrada precária, que já conspira para um passeio movido a adrenalina.
A aventura no alto, que costuma
incitar o turista a atingir o pico
das Agulhas Negras ou o maciço
das Prateleiras -os dois cartões-postais do parque-, deve começar cedo. Os visitantes só podem
entrar até às 11h (ingresso custa
R$ 3 por pessoa), e o número é limitado a 120 pessoas por dia.
Antes de chegar à guarita, dirige-se 13 km a partir da BR 354, em
aclive, deixando para trás a Casa
de Pedra, construída e frequentada por Getúlio Vargas, que, aliás,
fundou o parque nacional, primeiro do país, em 1937, durante o
Estado Novo, e a pousada Alsene,
a mais alta do Brasil, a 2.265 m de
altitude. Ficam para trás também
histórias sobre os alemães que escolheram essa região serrana para
morar, numa época em que Vargas manifestava certo apreço pelo
nazismo.
Nas alturas
Os melhores meses para escalar
e para obter ampla visão da serra
da Mantiqueira são os de junho a
agosto. A trilha mais procurada,
que não exige experiência, é a que
leva até as Prateleiras -a área é
uma sobrevivente do incêndio
provocado por dois turistas em
julho de 2001, que destruiu cerca
de 2.000 hectares de mata.
Já chegar até o Agulhas Negras
não é para qualquer um. "É preciso preparo físico", alerta o guia
Felipe Guimarães, 23.
A partir do abrigo Rebouças,
base para trilhas, leva-se uma hora e meia até as Prateleiras. A fauna encontrada na trilha resume-se a marias-pretas e outras espécies de pássaros, sapinhos e lagartos, embora haja outros animais.
Perto da base das Prateleiras, turistas aproveitam o cenário (quase dentro das nuvens) para fazer
um convescote. Carregar um farnel é imprescindível, pois não há
local para comprar lanches.
Enquanto isso, os mais vigorosos, no topo das Prateleiras (a
2.548 m), iniciam o rapel, descendo 50 m pendurados por uma
corda. A combinação trilha e rapel dura até seis horas.
O passeio até as Prateleiras com
guia custa R$ 20; não inclui o rapel. Informações: Picus Ecoturismo (0/xx/35/ 9113-7059); www.
picus.com.br, e Rota Turismo (0/
xx/35/3363-3207); www.rotaturismo.com.br. (MM)
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