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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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HOTÉIS DO RIO

Inauguração do primeiro cinco estrelas, do grupo Sheraton, diante da praia, dá novo status ao bairro carioca

Agora, Barra emerge como destino turístico

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

A recente abertura do Sheraton Barra Hotel & Suites, o primeiro hotel padrão cinco estrelas na Barra da Tijuca, sinaliza uma virada no bairro, que se torna destino turístico, e na hotelaria carioca.
Antes dele, o setor viveu a última inauguração de peso na abertura do Marriott diante da praia de Copacabana, em abril de 2001 -que, então, quebrou outro jejum: há 12 anos o Rio não abria um hotel desse padrão.
Com duas torres, o novo Sheraton Barra (www.sheraton.com/ barra; tel. 0/xx/21/3139-8000) tem 292 quartos de hotel e 308 unidades residenciais, cada um com cerca de 46 m2 (16 m2 mais do que a média); todos têm varanda e vista para o mar. A praia, de 18 km de extensão, dona da melhor balneabilidade entre as praias do Rio.
Com um total de 15 andares, o novo hotel da Barra não tem o 13º piso, coisa comum em prédios nos EUA, e surpreende pela arquitetura que privilegiou a entrada da luz natural através de clarabóias e criou um pátio interno onde palmeiras imperiais já grandes rodeiam um complexo de piscinas. Está em regime de "soft opening" até o final deste mês e funcionará a todo vapor a partir de agosto. No regime atual, as diárias de balcão estão cotadas a R$ 330 na categoria classic (a mais barata) e devem subir para R$ 595.
No capítulo gastronomia, o Sheraton Barra está nas mãos do chef Mirko Karppa, que é italiano, mas viveu seis anos na Tailândia, desenvolvendo uma culinária mediterrânea com viés oriental.
O restaurante principal é envidraçado, de frente para a avenida Lúcio Costa, 3.150, à beira-mar, e tem acesso direto para quem vem da rua, sem a necessidade de passar pelo lobby do hotel, o que dá tom local à frequência.

Tendência
O bairro de Copacabana concentra a maior parte dos hotéis cariocas, seguido por Ipanema (veja arte nesta pág. com alguns dos principais deles). Outra tendência carioca é a de ter nos hotéis bons restaurantes, caso dos emblemáticos Cipriani, no Copacabana Palace; do St. Honoré, no Le Meridien; do Aquarele, no Sofitel Rio, todos em Copacabana; e do Mirador, no Sheraton Hotel & Towers (av. Niemeyer, 121).
A Barra da Tijuca, que agora ganha seu primeiro cinco estrelas, é um bairro relativamente novo e sua população aumentou 3.000% a partir dos anos 50, quando foram construídos novos acessos que ligavam o bairro ao Rio propriamente dito. A história desse bairro de 36 km 2, que muitos querem ver transformado em cidade, remonta ao século 16, quando as terras pertenciam ao governador Salvador Correia de Sá, que lá mantinha um canavial. Sua filha legou a área aos monges beneditinos, em 1667, e, de lá para cá, a revolução urbanística só aconteceu em 1969, quando o arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) elaborou, a pedido do governo carioca, o plano urbanístico para a Barra.
O aspecto alagadiço dos primórdios não desapareceu totalmente, mas um bairro moderno, repleto de shopping centers, alguns de gosto duvidoso, sede do centro de convenções RioCentro, com dezenas de bons restaurantes, conjuntos de casas e prédios luxuosos, emergiu nos anos 80.
Ícone da Barra, a barraca do Pepê, instalada no quiosque 11, logo no início da praia, é frequentada pela juventude dourada.
Entre os restaurantes espalhados pela Barra, destacam-se a churrascaria Porcão, com seu rodízio pantagruélico; o italiano Ettore; a pizzaria Capricciosa e até mesmo o "espanhol à carioca" La Plancha, instalado dentro do mercado de peixe, na avenida Ayrton Senna, 1.791.


Silvio Cioffi viajou ao Rio a convite do grupo hoteleiro Starwood e da TAM

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