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HOTÉIS DO RIO
Inauguração do primeiro cinco estrelas, do grupo Sheraton, diante da praia, dá novo status ao bairro carioca
Agora, Barra emerge como destino turístico
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
A recente abertura do Sheraton
Barra Hotel & Suites, o primeiro
hotel padrão cinco estrelas na
Barra da Tijuca, sinaliza uma virada no bairro, que se torna destino
turístico, e na hotelaria carioca.
Antes dele, o setor viveu a última inauguração de peso na abertura do Marriott diante da praia
de Copacabana, em abril de 2001
-que, então, quebrou outro jejum: há 12 anos o Rio não abria
um hotel desse padrão.
Com duas torres, o novo Sheraton Barra (www.sheraton.com/
barra; tel. 0/xx/21/3139-8000) tem
292 quartos de hotel e 308 unidades residenciais, cada um com
cerca de 46 m2 (16 m2 mais do que
a média); todos têm varanda e vista para o mar. A praia, de 18 km de
extensão, dona da melhor balneabilidade entre as praias do Rio.
Com um total de 15 andares, o
novo hotel da Barra não tem o 13º
piso, coisa comum em prédios
nos EUA, e surpreende pela arquitetura que privilegiou a entrada da luz natural através de clarabóias e criou um pátio interno onde palmeiras imperiais já grandes
rodeiam um complexo de piscinas. Está em regime de "soft opening" até o final deste mês e funcionará a todo vapor a partir de
agosto. No regime atual, as diárias
de balcão estão cotadas a R$ 330
na categoria classic (a mais barata) e devem subir para R$ 595.
No capítulo gastronomia, o Sheraton Barra está nas mãos do chef
Mirko Karppa, que é italiano, mas
viveu seis anos na Tailândia, desenvolvendo uma culinária mediterrânea com viés oriental.
O restaurante principal é envidraçado, de frente para a avenida
Lúcio Costa, 3.150, à beira-mar, e
tem acesso direto para quem vem
da rua, sem a necessidade de passar pelo lobby do hotel, o que dá
tom local à frequência.
Tendência
O bairro de Copacabana concentra a maior parte dos hotéis
cariocas, seguido por Ipanema
(veja arte nesta pág. com alguns
dos principais deles). Outra tendência carioca é a de ter nos hotéis
bons restaurantes, caso dos emblemáticos Cipriani, no Copacabana Palace; do St. Honoré, no Le
Meridien; do Aquarele, no Sofitel
Rio, todos em Copacabana; e do
Mirador, no Sheraton Hotel &
Towers (av. Niemeyer, 121).
A Barra da Tijuca, que agora ganha seu primeiro cinco estrelas, é
um bairro relativamente novo e
sua população aumentou 3.000%
a partir dos anos 50, quando foram construídos novos acessos
que ligavam o bairro ao Rio propriamente dito. A história desse
bairro de 36 km 2, que muitos querem ver transformado em cidade,
remonta ao século 16, quando as
terras pertenciam ao governador
Salvador Correia de Sá, que lá
mantinha um canavial. Sua filha
legou a área aos monges beneditinos, em 1667, e, de lá para cá, a revolução urbanística só aconteceu
em 1969, quando o arquiteto Lúcio Costa (1902-1998) elaborou, a
pedido do governo carioca, o plano urbanístico para a Barra.
O aspecto alagadiço dos primórdios não desapareceu totalmente, mas um bairro moderno,
repleto de shopping centers, alguns de gosto duvidoso, sede do
centro de convenções RioCentro,
com dezenas de bons restaurantes, conjuntos de casas e prédios
luxuosos, emergiu nos anos 80.
Ícone da Barra, a barraca do Pepê, instalada no quiosque 11, logo
no início da praia, é frequentada
pela juventude dourada.
Entre os restaurantes espalhados pela Barra, destacam-se a
churrascaria Porcão, com seu rodízio pantagruélico; o italiano Ettore; a pizzaria Capricciosa e até
mesmo o "espanhol à carioca" La
Plancha, instalado dentro do
mercado de peixe, na avenida
Ayrton Senna, 1.791.
Silvio Cioffi viajou ao Rio a convite do grupo hoteleiro Starwood e da TAM
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