DA ENVIADA ESPECIAL AO CHILE

Uma caminhada pelas ruas de terra de San Pedro de Atacama é como uma viagem ao passado. As construções seguem um padrão arquitetônico que inclui adobe (mistura de argila e palha com que são construídas as paredes), madeira e pedras.
Com uma população estimada em 3.000 pessoas, a cidade é um lugar onde todos parecem se conhecer e que lembra um pouco os povoados que costumávamos ver em filmes mexicanos.
Pessoas sentadas à soleira da porta e cachorros dormindo ao sol são cenas comuns.
San Pedro vive da agropecuária, mas o turismo é uma importante fonte de recursos. Prova disso são as incontáveis lojinhas de artesanato, com bijuterias, objetos feitos de pedra e barro e até fósseis. Além, é claro, das peças de vestuário confeccionadas em lã.
Passeie por elas, aprecie as cores e as formas e, na hora em que decidir comprar algo, não deixe de praticar a arte da pechincha.

Cuidados básicos
Duas coisas importantes: San Pedro não possui água potável. Ela deve ser fervida antes do uso ou ser captada em poços, opção adotada pela maioria dos hotéis.
Como o abastecimento pode sofrer as influências da aridez local, é uma boa medida descobrir se o hotel que você escolheu conta com poço próprio.
Outra peculiaridade do povoado é que a energia elétrica é provida por geradores.
Às 2h, as máquinas que alimentam San Pedro são desligadas. A maioria dos hotéis conta com gerador próprio, mas andar pelas ruas após esse horário pode requerer o auxílio de uma lanterna.
Mas não pense que visitar San Pedro significa ficar excluído dos avanços tecnológicos. Você vai encontrar várias opções de cybercafés, que permitem manter conexão com o resto do mundo.
O céu é um espetáculo à parte em Atacama. Durante o dia é de um azul raramente manchado por nuvens (lembre-se de que é o deserto mais seco do mundo, onde quase nunca chove).
À noite, o brilho das estrelas surpreende quem está acostumado com o céu embaçado dos grandes centros poluídos.

Vida noturna
Apesar de pequeno, o povoado de San Pedro de Atacama também oferece diversão noturna. A rua do agito é a Caracoles. Ali estão vários barzinhos e restaurantes e uma espécie de danceteria, com música ao vivo (em geral, música andina, que pode soar um pouco estranha aos ouvidos estrangeiros, mas que faz a população local tomar conta da pequena pista de dança).
Em média, a cerveja custa US$ 3. Um litro de vinho da casa sai por aproximadamente US$ 8, e o pisco sour, por US$ 4.
As tortilhas variam de US$ 7 a US$ 8, e a carne com acompanhamentos custa de US$ 7 a US$ 10.
(ROSANA DE VASCONCELLOS)


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