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ESPANHA
A atual estabilidade política e o crescimento econômico dos últimos 20 anos deixam população de bom humor
Clima de otimismo ocupa
as ruas do país
RICARDO GRINBAUM
enviado especial à Espanha
Quem vê o filme "Carne Trêmula", do diretor Pedro Almodóvar,
entende por que este é um bom
momento para visitar a Espanha.
O filme começa com uma cena
nas ruas desertas da Madri dos
anos 70, às vésperas do Natal.
Trancadas em casa, as pessoas ouvem pelo rádio as ameaças do ditador Francisco Franco.
Corte para a Madri de hoje: bares, restaurantes e danceterias lotados, monumentos restaurados,
prédios novos com arquitetura arrojada, um clima de efervescência
cultural e de otimismo nas ruas.
"A Espanha vai bem", disse no
ano passado o presidente espanhol, José Maria Aznar. Não é conversa de político. Cerca de 62% dos
espanhóis estão satisfeitos com a
vida que levam, de acordo com
pesquisa do jornal "El País".
A estabilidade política, facilitada
pelo perfil conciliador do rei Juan
Carlos 1º, e o crescimento econômico dos últimos 20 anos deixaram a Espanha de bom humor.
Quem viaja pelo país nota logo o
alto astral e a reafirmação das tradições espanholas, como a dança
flamenca, praticamente abandonada na década de 60.
Não é à toa que o país recebeu 48
milhões de visitantes em 1998 e ultrapassou os Estados Unidos como
o segundo país preferido pelos turistas, atrás apenas da França.
Está certo que boa parte dos visitantes são alemães em busca de sol,
apenas mais uma das atrações que
dividem até as publicações especializadas.
"Se você tiver apenas um dia para
visitar a Espanha, não deixe de ir a
Barcelona", diz o guia "Lonely Planet". "Se você for a uma única cidade na Espanha, esta deve ser
Granada", diz o "Rough Guides".
É difícil mesmo escolher. Qual é a
melhor: a charmosa Barcelona, a
agitada Madri ou a medieval Toledo? Para quem busca a Espanha do
flamenco, das mulheres com vestidos brancos com estampas coloridas e das touradas, não há dúvidas.
O destino é a Andaluzia, ao sul da
Espanha. Dominadas durante 800
anos pelos árabes, cidades como
Granada e Córdoba mantêm uma
cultura única, em que os hábitos
dos povos se misturaram, assim
como os palácios e as mesquitas
árabes convivem até hoje com castelos e catedrais católicas.
Ricardo Grinbaum viajou a convite do Centro
Oficial de Turismo Espanhol e da Iberia.
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