São Paulo, Segunda-feira, 22 de Fevereiro de 1999
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Ruas da capital lotam
até de madrugada

do enviado especial

O material de divulgação da prefeitura anuncia Madri como "a capital do lazer". Quem vê o trânsito intenso, as ruas movimentadas e o modo formal como homens e mulheres se vestem imagina que se trata de propaganda enganosa.
Mas basta dar uma volta à noite para perceber por que Madri tem fama de ter mais bares do que qualquer outra capital européia.
Em Madri se diz que três prazeres definem os espanhóis: o prazer de comer, o de beber e o de conversar. A imagem pode ser checada num circuito pela noite de Madri.
Os mais jovens aproveitam ao máximo: ficam na rua até de manhã. Os mais velhos não saem para jantar antes das 22h ou 23h. Há movimento nas ruas, mesmo nos dias de semana.
Um dos programas prediletos dos madrilenos é "tapear". Ou seja: andar de café em café, bebendo "caña" (chope) ou vinho e degustando as porções de petiscos, conhecidos como "tapas".
Para quem gosta de botecos, um bom começo é o popular Las Bravas, no centro da cidade. Ali come-se de pé, em meio à uma multidão barulhenta, mas as porções com molho apimentado são bastante saborosas.
Uma opção mais confortável é a Taberna Bilbao, na Plaza de la Paja. Ali se pode comer "tapas" de carne de pato, acompanhados pelos famosos vinhos da região de Rioja.
Uma porção de "tapas" nos cafés mais finos sai por 500 pesetas, pouco menos do que US$ 4. Um copo de "caña" custa 150 pesetas, pouco mais do que US$ 1.
Um dos lugares mais elétricos da noite de Madri é ao redor da praça Santa Ana, onde se concentram cafés e danceterias, como a Los Gabrieles e a Villa Rosa, que ficam lotadas durante toda a madrugada.
Para quem gosta de dançar, o Palácio Gavíria, na Calle Arenal, é um dos pontos mais animados de Madri. Instalada no palácio de um antigo amante da rainha Isabel 2ª, a danceteria tem vários ambientes, cada um com um tipo de música.
O programa noturno dos madrilenhos vai longe. Algumas das danceterias abrem às 6h. Para rebater o agito da madrugada, os madrilenhos costumam recorrer a uma xícara de chocolate quente e a uma porção de churros na tradicionalíssima "churreria" San Gines, no centro da cidade. (RG)


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