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Ruas da capital lotam
até de madrugada
do enviado especial
O material de divulgação da prefeitura anuncia Madri como "a capital do lazer". Quem vê o trânsito
intenso, as ruas movimentadas e o
modo formal como homens e mulheres se vestem imagina que se
trata de propaganda enganosa.
Mas basta dar uma volta à noite
para perceber por que Madri tem
fama de ter mais bares do que
qualquer outra capital européia.
Em Madri se diz que três prazeres definem os espanhóis: o prazer
de comer, o de beber e o de conversar. A imagem pode ser checada
num circuito pela noite de Madri.
Os mais jovens aproveitam ao
máximo: ficam na rua até de manhã. Os mais velhos não saem para
jantar antes das 22h ou 23h. Há
movimento nas ruas, mesmo nos
dias de semana.
Um dos programas prediletos
dos madrilenos é "tapear". Ou seja: andar de café em café, bebendo
"caña" (chope) ou vinho e degustando as porções de petiscos, conhecidos como "tapas".
Para quem gosta de botecos, um
bom começo é o popular Las Bravas, no centro da cidade. Ali come-se de pé, em meio à uma multidão
barulhenta, mas as porções com
molho apimentado são bastante
saborosas.
Uma opção mais confortável é a
Taberna Bilbao, na Plaza de la Paja.
Ali se pode comer "tapas" de carne
de pato, acompanhados pelos famosos vinhos da região de Rioja.
Uma porção de "tapas" nos cafés
mais finos sai por 500 pesetas,
pouco menos do que US$ 4. Um
copo de "caña" custa 150 pesetas,
pouco mais do que US$ 1.
Um dos lugares mais elétricos da
noite de Madri é ao redor da praça
Santa Ana, onde se concentram cafés e danceterias, como a Los Gabrieles e a Villa Rosa, que ficam lotadas durante toda a madrugada.
Para quem gosta de dançar, o Palácio Gavíria, na Calle Arenal, é um
dos pontos mais animados de Madri. Instalada no palácio de um antigo amante da rainha Isabel 2ª, a
danceteria tem vários ambientes,
cada um com um tipo de música.
O programa noturno dos madrilenhos vai longe. Algumas das
danceterias abrem às 6h. Para rebater o agito da madrugada, os
madrilenhos costumam recorrer a
uma xícara de chocolate quente e a
uma porção de churros na tradicionalíssima "churreria" San Gines, no centro da cidade.
(RG)
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