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COSTA VERDE
Hidroavião revela cores que o tempo escondeu
Praia do Frade alia ecologia a progresso
SILVIO CIOFFI
enviado especial a Angra dos Reis
Num passeio vertiginoso, o pequeno avião anfíbio Cessna 206
Stationair sobrevoa algumas das
300 ilhas da baía de Angra dos Reis,
a 180 km do Rio, e se inclina rumo
ao pico do Frade, de 1.640 m. Embaixo, até onde a vista alcança, enquanto as cores se alternam entre o
azul do mar e o verde da mata, a
imaginação também voa.
Essa região de angras -nome
que se dá às baías abertas e cercadas de morros- foi descoberta
num dia 6 de janeiro, aliás dia de
Reis, no longínquo ano de 1502. De
lá para cá, Angra mudou muito e
mudou pouco. Locais como a praia
do Frade, que dá as costas para um
pico coberto de vegetação e pontilhado de cachoeiras, souberam
conciliar ecologia e progresso.
O mesmo aconteceu com muitas
das ilhas, hoje ocupadas por casas
cinematográficas em meio à vegetação natural. Já outros lugares,
notadamente os visitados por
grandes petroleiros, não tiveram o
mesmo destino...
Os turistas motorizados só chegaram nos anos 70, trazidos pela
rodovia Rio-Santos (BR-101).
Entre o verde da mata e o azul do
Atlântico, onde havia fazendas
surgiram condomínios, e as praias
foram tomadas por barcos e iates.
Na área do Frade, a vegetação
original foi mantida e até reforçada
com o cultivo, desde 1990, do palmito-pupunha, trazido da Amazônia para impedir a extração do palmito-juçara, em extinção. Hoje, a
plantação tem 160 mil pés de pupunheira, que rebrota após a extração -quem dera que o futuro dessa região de angras fosse marcado
por iniciativas dessa natureza. A
natureza agradeceria.
Silvio Cioffi, editor de Turismo, viajou a convite
do Hotel do Frade & Golf Resort.
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